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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A Fé da Ciência ou a Ciência da Fé?


Vivemos em um momento de nossa história em que os valores estão sendo trocados. Gradativamente, o mundo escancara sua inimizade com Deus (Tg 4.4) e com seu povo que é duramente perseguido. O mundo almeja ver cair os homens e mulheres tementes a Deus ora em uma luta velada com palavras e insinuações, ora em uma guerra sangrenta.
Hoje, aqueles que ousam dizer que acreditam em Deus são tidos por ignorantes e qualquer prática de piedade como pura perda de tempo. Parece inadmissível andar nos passos de Jesus (1Jo 2.6) e cultivar um raciocínio coerente que produza frutos científicos (Jo 15.5). Constantemente, muitas pessoas decidem jogar fora o temor a Deus, único arrimo de uma consciência racional e feliz, e mal sabem que se tornam loucas, porque desprezaram a sabedoria e o ensino (Pv 1.7) sendo sábios aos seus próprios olhos (Pv 3.7). Essas pessoas se inculcam por sábias e mal sabem que estão sendo entregues aos desejos de seus corações insensatos (Rm 1.21-25).
Quando uma pessoa defende diante de mundo que acredita na Bíblia de maneira literal angaria grandes dificuldades no diálogo com a ciência contemporânea, pois, acreditar que Deus criou tudo o que existe do nada em sua mais rica diversidade, é um retrocesso inaceitável. Para isso, gostaria de ilustrar o pensamento científico sobre a criação do universo com uma pequena ilustração:
Um dia, em um bolo de fubá,a erva doce começou a pensar de onde ela tinha saído e, depois de muito pesquisar, descobriu que o bolo no qual estava inserida não fora uma criação, mas fruto do acaso quando três ovos se quebraram acidentalmente e caíram em uma xícara que continha, por acaso, leite morno que foram misturados à meia xícara de óleo, ao fubá, à farinha de trigo, ao açúcar (todos nas medidas certas, pois qualquer desiquilíbrio poderia afetar o resultado final) e uma pequena colher de erva doce. Foram aquecidos a uma temperatura de 200º célsius e o bolo existiu.
Os cientistas, tal como a erva doce conseguem explicar a expansão do universo, como a erva doce o fez, mas não quem o criou. A teoria da expansão do universo é chamada de Big Bang (grande explosão). Ela começou com as pesquisas do astrônomo Edwin Hubble (1889-1953) em 1929 no telescópio do Observatório do Monte Wilson na Califórnia. Ao analisar uma nuvem de luz giratória chamada de nebulosa de Andrômeda percebeu que se tratava de outra galáxia (a mais próxima da nossa, a Via Láctea) percebeu que quanto mais diante uma galáxia mais rápido ela se afastava o que comprovou a ideia de que vivemos em um universo dinâmico (em movimento) e não estática proposta por Alexander Friedmann (1888-1925).
Para a ciência antes de três mil milhões de anos o universo não existia, nem espaço e nem tempo e apareceu uma fonte de luz infinitamente quente e muito menor do que um átomo. Esse instante é conhecido como momento zero. Contudo apareceu uma microscópica luz extremamente quente que começou a se expandir. Quando mais expandia mais se esfriava e permitia as condições da origem da vida que surgiram por obra do acaso.
Essa teoria é tão absurda quanto reconhecer que ovos, fubá, açúcar e farinha possam cair na exata medida em uma forma untada em um forno pré-aquecido e que atinja a temperatura ideal para o bolo crescer, mas não queimar. Os defensores da teoria do Big Bang afirmam que ela não dá uma resposta à origem do universo, tampouco as leis atuais da física podem ser aplicadas ao tempo zero quando tudo surgiu.
O Centro de Pesquisas Nucleares (CERN) anunciou oficialmente a comprovação do bóson de Higgs (chamada partícula de Deus para fins comerciais), pela qual os cientistas querem prova como e quando a luz incandescente do Big Bang criou massa e como o universo se criou do nada.
Assim como os camponeses norte-americanos conquistaram independência em 4 de julho de 1776, por meio rudimentares e desacreditados da ciência, que, ironicamente, foi perseguida nos países católicos e só encontrou espaço para se desenvolver nos países protestantes.
Você notou que a erva doce não contava com o fermento? Uma das pedras na teoria do Big Bang era explicar como algumas partículas no universo têm massa e outras não. Dr. Peter Higgsem 1964 levantou a hipótese de que trilionésimo segundo depois da grande explosão se criou um campo energético (Campo de Higgs) em todo o jovem universo que interagiu com que partículas com mais massa (quarks) permaneceram mais tempo nesse campo dando a elas uma massa maior, enquanto outras como massas menores passassem rapidamente (elétrons).
Para comprovar essa teoria o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN) gastou 10 bilhões de dólares na construção de uma pista com 27Km enterrada entre a fronteira da França e da Suíça, na qual seria possível fazer partículas muito pequenas se chocarem e assim, ao desmontarem, mostrarem do que são realmente feitas. Esse grande acelerador de partículas (LHC – Grande Colisor Hádrons).
Se você pegar um farelo do seu bolo de fubá, por meio de instrumentos químicos, você consegue saber quais ingredientes ele possui e analisando-os com cuidado visualizar como se deu o processo de sua execução. A partícula de Higgs ou partícula de Deus, como ficou popularmente reconhecida (o próprio Dr. Peter Higgs repudia esse nome), é como o fermento que uma vez misturado e colocado nas condições exatas faz a pasta de bolo crescer, porém o bóson de Higgs (que dá um aspecto líquido à luz) ele some rapidamente (igual ao fermente que vira gás carbônico e depois não pode ser mais visto ou sentido no produto final) e nãopoder ser mostrado com certeza.
Os cientistas do encontraram no grande acelerador de partículas(LHC) uma nova partícula que com 99,9999% pode ser a bóson de Higgs (sem dizer que sua utilidade é comprovável apenas a 4% do mundo visível), mas apresentada pela mídia como um fato consumado. Talvez para amenizar os custos e justifica-los com um resultado, pelo menos aparente, em um dos momentos que o mundo atravessa sua pior crise econômica.
Se a teoria do Big Bang estiver correta ela prova que corpos desorganizados podem, depois de uma explosão ou condições ideais, gerar corpos melhores. Assim, se você tem um problema com seu carro ou se ele está velho e quebrado exploda-o, pois ele virará um carro zero quilometro. Isso é loucura? Mas é exatamente isso que o princípio da teoria do Big Bang defende. Se um princípio da física não pode ser repetido hoje ele pode ser considerado verdadeiro?
Karl Popper (1902-1994), filósofo da ciência, afirmava que a pesquisa científica deve progredir não pelos seus resultados positivos, mas pelos negativos. O cientista deve se contentar em garantir que algo não é assim e nunca se agarrar a uma conclusão como se ela fosse inquestionável.
A criação ao nosso redor não serve para nós e para os nossos objetivos, mas para revelar a glória de Deus (Sl 19.1). Paulo afirma que desde o princípio os céus revelam os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua própria divindade são claramente reconhecidos (Rm 1.20) o que é reconhecido pela teologia reformada como revelação geral.
Segundo Michael Horton, “os cientistas protestantes acreditavam que havia dois ‘livros de Deus’ – o livro da natureza e o livro da Escritura – e que cada um fornecia informação que não se encontrava no outro” e não são contraditórias em suas observações.
Devemos ter muito cuidado para não nos enredarmos às filosofias e vãs sutilezas do mundo (Cl 2.8) o que não significa olhar com desdém à ciência e suas descobertas, mas avalia-las sem duvidar da Palavra que é inspirada por Deus (2Tm 3.16). A ciência pode mudar, mas a Palavra é permanente (Lc 21.33).
Michael Horton, citando o comentário de João Calvino sobre o livro do Gênesis, defende que Moisés, no Pentateuco não podia oferecer os detalhes que astrônomos e cientistas desejam, pois não seriam acessíveis aos homens símplices que contam com a leitura e o bom senso para entender a Palavra de Deus. Os Reformadores entendiam que a ciência poderia progredir, pois a revelação específica (A Escritura Sagrada) daria respaldo e explicaria todas as descobertas.
Dessa forma, quanto mais eficiente e fiel for a ciência seu resultado será de que o grande bolo de fubá que comparamos ao universo foi criado por Deus e que nós somos a erva-doce desse universo que lhe acrescentamos sabor e reconhecemos a presença misericordiosa de Deus, certos de que nem a sabedoria, nem a inteligência e o conselho podem afrontar o próprio Deus.
Quando o cientista cria dogmas apenas para eliminar a crença em Deus e baratear a criação ao ato do acaso ele tira toda a dignidade do ser humano e alimenta a imoralidade e a desumanidade das pessoas. Quer-se destruir a Deus não para provar uma verdade, mas destituir os homens de suas obrigações. A pesquisa pode avançar, porém, como afirmou Roberto Boyle, pioneiro da física, (1627-1691) ela irá vislumbrar o procedimento de Deus e renderá glória a sua majestade.
John Macarthur faz uma análise criativa sobre a criação em Gênesis no livro Criação ou Evolução. Ele afirma que se alguém perguntasse a Adão, recém-criado, quantos anos você tem ele responderia: O quê? Eu tenho alguns segundos de vida, mas ele podia se multiplicar e exercer domínio sobre a criação (Gn 1.28). A terra também possuía frutos maduros para que comessem (Gn 3.2).
Deus não criou nossos primeiros pais como fetos, esperou o crescimento deles, matriculou-os em uma escola ou enfrentou seus desafetos na adolescência para depois legar-lhes a terra, mas os formou como deveriam ser biológica e mentalmente e assim tudo o que existe. Assim também podemos pegar átomos e tentar deduzir como se formaram, mas devemos nos lembrar de que eles têm a estruturam que deveriam ter. Avaliamos a origem do universo com os olhos humanos, mas quem fez tudo foi Deus para quem não há impossíveis (Lc 1.37;18.27).
Os cientistas precisam acreditar na partícula de Higgs, pois essa é a única maneira de fazer sua maneira de pensar viável. Por trinta anos os cientistas acreditaram nela sem ver e ainda depositam fé nela com dados não conclusivos. Muitos dirão que a oportunidade de erro nesta teoria é de 1 em 1,7, pois os dados parecem conclusivos. Os pilotos do Airbus A330 Air France 477 (Rio de Janeiro Paris), que caiu no dia 1º de janeiro de 2009, confiaram nos dados da aeronave e tudo parecia correto, mas o diretor de voa estava com defeitos. As últimas palavras do piloto foram: “não estou entendendo mais nada”. Eles fizeram tudo segundos os dados, mas ao invés de subirem o avião faziam-no despencar no Atlântico.

Talvez essas palavras estejam nas bocas daqueles que se sacrificaram ao ídolo da doente ciência contemporânea, influenciada pelo iluminismo. Quando Cristo voltar de tal maneira que todo olho verá (Ap 1.7). Muitos daqueles que zombaram os crentes pedirão para que os montes caiam sobre eles e os escondam da ira do cordeiro que se assenta sobre o trono (Ap 6.15,16). Os homem e mulheres tementes a Deu são qual Noé, ousam desafiar os dados, as estatísticas e a cultura do seu tempo e só terão certeza no dia do juízo de Deus.

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