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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Dúvidas sobre Culto Familiar


Dúvidas sobre o Culto Familiar
1. O que é o Culto Familiar? Como ele se relaciona com nossa vida cristã?
O homem existe para duas atividades muito importantes: glorificar a Deus e se alegrar nele para sempre. Glorificamos a Deus de três maneiras: em particular, em família e em público.
Geralmente, as pessoas, quando pensam na tarefa de glorificar a Deus, imaginam imediatamente o Culto dominical na beleza de seus hinos, cânticos espirituais e pregação. Infelizmente, a boa participação no Culto Solene só será possível se estivermos abastecidos por uma vida cujo maior anseio está na busca por um relacionamento com Deus. A Bíblia diz: “Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” (Is 55.6).
Sobre nossa oração particular, Jesus nos exorta a orarmos sempre e nunca esmorecermos (Lc 17.37), por isso, ela é parte vital de nossa vida cristã. Precisamos ter nosso momento com o Senhor, em que, como Maria, poderemos nos assentar aos pés de Jesus, convictos de que escolhemos a melhor parte (Lc 10.42).
Devemos estar conscientes de que, como Marta, irmã de Lázaro, temos inquietações e nos preocupamos com muitas coisas, mas o Senhor não deve ser negligenciado nem por assuntos vitais, tal como nosso alimento, bebida ou vestuário (Mt 6.31,32). O Mestre nos exorta: “buscai, pois, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).
Igualmente, precisamos glorificar a Deus em nossa vida familiar. Dessa maneira, o Culto doméstico é o momento em que a família se reúne para glorificar a Deus na leitura da Palavra, com cânticos e orações em espírito e em verdade (Jo 4.23).
Quando glorificamos a Deus nas diversas áreas de nossa vida a tarefa de nos alegarmos para sempre no Senhor se torna fácil e natural, pois aprendemos na oração a nos submetermos e confiarmos que “todas as coisas (as circunstâncias que nos parecem boas e aquelas que, em um primeiro momento, não nos parecem favoráveis, mas escondem a mão providente do Senhor) cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28).

2. Qual a importância do Culto Familiar?
O Pastor presbiteriano do séc. XIX James Waddel Alexander (1804-1859) disse: “é inevitável que o culto familiar, como uma forma de adoração espiritual, enfraqueça e desapareça em tempos quando o erro e o mundanismo invadem a igreja”.
Vivemos em tempos difíceis, nos quais a fé cristã parecer estar sendo suplantada tal como nos dias de Noé, quando “a maldade do homem se havia multiplicado na terra e era continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6.5), todavia entendemos, tal como J.I. Packer, “Deus tem o comando completo desse mundo. Sua mão pode estar escondida, mas seu governo é absoluto”. Nesse contexto, somos convocados por Paulo: “não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (Ef 5.11).
Dessa maneira gostaria de mostrar algumas razões pelas quais o Culto Familiar é importante:
a)      O Culto Familiar é o momento em que testemunhamos que somos de Cristo e não pertencemos ao mundo. Logo, enquanto muitos estão preocupados com afazeres mundanos, nós nos voltamos ao Senhor com espíritos gratos;
b)      O Culto familiar é o momento em que o casal exerce a influência cristã uns sobre os outros e ambos sobre os filhos. O pastor puritano Jonathan Edwards afirmava: afadiguem-se em ensinar, aconselhar e orientar seus filhos; criem-nos na disciplina e na admoestação do Senhor; comecem cedo, quando ainda há oportunidade”;
c)      O Culto familiar leva nossa família a uma participação mais plena na vida da Igreja;
d)      O Culto Familiar contribui para a diminuição de brigas e desentendimentos. Leonard Ravenhill afirma, no livro Por que tarda o pleno avivamento, que a oração é um poderoso purificador da alma, pois podemos observar que “nunca oramos pela vida das pessoas que falamos mal e jamais falamos mal das pessoas pelas quais oramos”;
e)      Pelo Culto Familiar, somos obrigados a testemunharmos o Senhor em nossas vidas, especialmente entre aqueles que amamos e estão mais suscetíveis as nossas incoerências;
f)        No Culto familiar, o marido exemplifica a sua esposa e ambos aos filhos a necessidade de buscar a Deus;
g)      Quando as famílias assumem o compromisso do Culto Familiar, elas mudam a vida da igreja, que transforma a vida moral da sua cidade, consequentemente do seu Estado e de sua nação. Jerry Marcellino afirma, no livro Redescobrindo o tesouro perdido do Culto Familiar, “a falta de vida que muitas igrejas experimentam em nossos dias pode ter sua origem nas muitas famílias cujos membros adoram a Deus somente no domingo”.


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