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sexta-feira, 2 de março de 2018

Amigo da verdade, amigo de Jesus!



Amigo da verdade, Amigo de Jesus

A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi emblemática e o que a torna mais interessante é o quanto ela é controversa, pois, ao mesmo tempo, se tem uma torcida favorável pela condenação e outra para que seja absolvido. Contudo existe uma mesma palavra que liga essa massa tão contraditória: justiça. Aqueles dirão que querem ver o referido político preso e, se isso não acontecer, será uma injustiça. Estes dirão que a justiça está em libertá-lo se não pelos fatos em nome da história do que ele fez por esse país. Acredito que o exercício da democracia permite que existam opiniões tão conflitantes convivendo no mesmo metro quadrado.

Existe uma máxima latina atribuída ao filósofo macedônico Aristóteles (384-322 a.C.) “Amicus Plato, sed magis amica veritas”, em uma tradução aproximada, significa: Platão é amigo, mas a verdade é mais amiga. Aristóteles viva em uma época em que o pensamento de Platão era hegemônico e as pessoas eram tentadas a ter Platão e a verdade como equivalentes. Vivemos em uma época muito semelhante a essa. Tanto os apoiadores de Lula, quanto os seus opositores se digladiam no campo dos rótulos e adjetivos, mas, na maior parte das vezes sem argumentos sólidos (o que exigiria leitura e interesse) e o que é pior sem uma vida para respaldar o que falam. Pessoas podem ser importantes por um tempo ou até por uma vida inteira, mas elas não superam o peso da verdade.

Ambos os lados falam de honestidade. Contudo o nível de moralidade da nação não parece aumentar. Cada dia mais, vivemos como aqueles dos Juízes onde cada um fazia conforme achava certo (Juízes 21.25). Quando as normas chegam ao mesmo nível das opiniões pessoais, tudo entra em colapso. O relativismo desenfreado tem nos levado ao colapso, pois urge o tempo em que as pessoas não saberão mais a diferença entre o certo e errado e agirão em conformidade com seus corações corruptos e enganosos.

A verdade não é relativa, pois Jesus se apresenta como “o caminho, a verdade e a vida” (João 14.6). Jesus está respondendo a pergunta de Tomé sobre apresentar o caminho que leva ao Pai. Jesus mostra que esses três elementos são complementares, pois não há como andar por esse caminho sem compactuar com a verdade que emana do Senhor, tampouco não exibir uma vida que destoe daquela proposta pela Palavra. Ninguém pode ir ao Pai sem aderir a esse caminho verdadeiro e vivo, porque, como afirma Carson, Jesus é o caminho que leva ao Pai, porque é a verdade de Deus e a vida de Deus.

Não é lícito ao crente apoiar ou seguir qualquer caminho que ensine contra a Palavra, desdenhe dela ou a tenha como irrelevante. O prazer do cristão está em meditar na lei do Senhor que não pode ser superado por nenhuma efêmera riqueza desse mundo. Não vive a santa verdade apenas quando está sob holofotes, mas suas boas obras são praticadas no silencio de uma humildade que sabe a auto exaltação só leva à vergonha e a ruína (Lucas 18.14).
O Cristão é chamado para ser de Jesus Cristo (Romanos 1.6) e mais ninguém. O filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804) possuía um imperativo categórico: Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, através da tua vontade, uma lei universal”. Se o eleito foi chamado para ser santo e irrepreensível (Efésiso 1.4) e o únco caminho para viver dessa maneira é Jesus. As atitudes dos Cristãos deveriam ser praticadas como se traduzissem a vontade daqueles que os resgatou da morte para a vida.

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