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sexta-feira, 12 de junho de 2015

O verdadeiro combate


O verdadeiro combate
Nesse mês de junho, uma perfumaria famosa, lançou um comercial, no mínimo polêmico, pois mostrava dois homossexuais e duas lésbicas se presenteando com perfumes de determinada marca no dia dos namorados. Muitos evangélicos fizeram um boicote aos produtos dessa empresa. Contudo nossa luta não é para inibir a liberdade de expressão, tampouco combater ou humilhar pessoas com essa opção sexual, mas denunciar sua mensagem, porque todo ataque ao casamento bíblico atinge o modelo criado por Deus. A mensagem desse comercial visa distorcer a formatação familiar criada pelo Senhor. Portanto, nossa luta é para a maior glória de Deus.
A Palavra diz claramente: Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou (Gn 1.27). Dessa maneira, “a raça humana, em cada uma de suas partes e seu conjunto, é organicamente criada à imagem de Deus e semelhança de Deus” (BAVINCK, 1977, p.200) e nessa condição, como afirma Hoekema (1999, p.83), deveria funcionar como seu distinto embaixador. Assim como o embaixador almeja viabilizar os intentos de seu soberano, o homem, por carregar a imagem e semelhança de Deus deve lutar para que a vontade de seu Senhor seja feita aqui na terra como no céu. Entretanto somos propensos a rebeldia e precisamos que o Espírito Santo “tire de nós e dos demais toda a cegueira, fraqueza, indisposição e perversidade do coração, e pela sua graça nos faça capazes e prontos para conhecer, fazer e submeter-nos à sua vontade em tudo, com humildade, alegria, fidelidade, diligência, zelo, sinceridade e constância, como os anjos fazem no céu” (Pergunta 192 do Catecismo Maior de Westminster).
Depois do pecado tudo o que foi criado teve a direção alterada, ou seja, ao invés de render glória a Deus, passa a viver em rebeldia. A desobediência de nossos primeiros pais no Éden promoveu uma produção indiscriminada de ervas daninhas (Gn 3.18), de tal maneira que a própria natureza se junta ao homem nos gemidos e nas dores até agora esperando o dia em que será redimida (Rm 8.22), assim como colocou limites na vida do homem.
Diante do texto de Gênesis 1.27, compreendemos que a família é formada por um homem e por uma mulher, ou seja, o casamento deve ser heterossexual e monogâmico.
O ato de Deus retirar apenas uma costela para formar apenas uma mulher para Adão enfatiza o caráter monogâmico dessa relação (Gn 2.22). Quando Jesus é questionado sobre o divórcio, fundamenta o casamento na seguinte máxima das Escrituras: deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne (Gn 2.24). A queda trouxe mudanças nessa formatação, pois, com Lameque, se institui a poligamia tomando Ada e Zilá (Gn 4.19).
Segundo Harrison (1983, p.176), a homossexualidade era conhecida e praticada no Oriente próximo, especialmente, na relação cúltica dos Mesopotâmios a deusa Isnar (deusa do amor e da guerra). Em Sodoma os homens da cidade recusaram as filhas virgens de Ló para se deitarem com os anjos (Gn 19.4,5). Judas (7) afirma: Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição. Vemos, a contra gosto daqueles que desejam uma religião aberta e infiel, toda prostituição, em especial o homossexualismo, atrai um fogo eterno.
A sodomia é condenada em Levítico 18.22 tendo como castigo a morte (Lv 20.13) e o Novo Testamento continua a condenar essa prática (Rm 1.27; 1Cor 6.9; 1Tm 1.10). Todavia, esses posicionamentos não podem ser entendidos como homofóbicos, mas que nos orientamos pela Palavra, que temos como única regra de fé e prática.
Não entendemos que o pecado seja um fator característico de um grupo de pessoas, mas uma realidade presente em todas as pessoas, pois o Apóstolo dos Gentios afirma: todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm 3.23), por isso, Calvino, comentando 1 Coríntios 6.11, afirma: “a natureza humana universalmente contém a semente de todos os males senão que alguns vícios prevalecem e se revelam mais em algumas pessoas do que em outras”.
Todos precisam lutar contra seu pecado e o homossexual, como qualquer outro pecador, uma vez lavado, santificados e justificados deixam suas antigas vidas mesmo que ainda nutram desejos impuros e precisem resistir até o sangue (Hb 12.4).

Boicotar uma marca é, sem dúvida nenhuma, um protesto pacífico, todavia nossa luta não pode ficar apenas em atitudes como essas, precisamos exalar o bom perfume de Cristo (2Cor 2.14) com nossa fidelidade, mesmo que para aqueles que nos rodeiam seja um odor de morte (2Cor 2.16). Apenas assim poderemos dizer no fim de nossa vida: Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé (2Tm 4.7).

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