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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

O sentido do Natal


O sentido do Natal


O Natal chegou e já nos acostumamos com as imagens peculiares de uma festa tão popular quanto mal comemorada. É, igualmente, comum que nos façamos a pergunta “clichê”: qual o verdadeiro sentido do Natal?. É uma indagação tão trivial e redundante, quando a incapacidade de respondê-la adequadamente.

Acaso o Natal se resume a figura de um velhinho afetuoso que, apesar do verão, insiste na vestimenta de inverno; enquanto se pede carrinho ou boneca do seu saco mágico só saem balinhas; viaja de renas voadoras no dia vinte e quaro de dezembro, mas chega no “Shopping” de helicóptero. Essa é a magia do Natal? Com certeza não!

Será, então, uma festa cheia de comida e bebida? Onde famílias, que o ano inteiro viveram longe, estreitam seus laços por bem ou por conveniência? Evidentemente não é esse o sentido dessa festa! Talvez sejam as luzes e os enfeites que mexam com as pessoas? Será os comerciais bem elaborados e divertidos onde se ensina como cantar a mesma canção ou comprar mesma bebida de maneiras diferentes? Obviamente não! O verdadeiro sentido do Natal é Jesus.

Não tenho aqueles pudores de rejeitar o Papai Noel e impedir que minhas filhas o vejam por medo de perderem o foco. Isso é uma questão cultural. Sei que nós, como pais, e a igreja, como família da fé, temos apontado para elas a manjedoura de Belém como a realidade mais profunda dessa comemoração. Buscar familiares e encher a barriga com galináceos e outros gêneros alimentícios só terá sentido se estivermos dispostos a nos doar nessa relação como Jesus se doou por nós na cruz (Filipenses 2.7), a natural extensão da manjedoura. Quando o Emanuel é o centro de nossas vidas tudo fica em segundo plano até a nossa própria existência.

Muitos Evangélico dirão que Jesus não nasceu no dia vinte e cinco de dezembro e isso é verdade. Dirão que essa foi a maneira da igreja cristianizar a data pagã do solis invictus, a superstição ímpia de que, no solstício de inverno, o sol, apesar de perder a luta contra as trevas, saia vigoroso, vencedor, irradiando sua luz absoluta. Mas não foi Zacarias, de forma inspirada, que comparou o Messias ao sol nascente dizendo: graças à entranhável misericórdia de nosso Deus, pela qual nos visitará o sol nascente das alturas, para alumiar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, e dirigir os nossos pés pelo caminho da paz” (Lucas 1.78,79)?

Contudo não é dever contínuo da igreja recordar-se e render graças a Deus pelo fato do Senhor ter cumprido a promessa feita a nossos primeiros pais, quando falando a serpente (diabo – Apocalipse 20.2) prometeu: “porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3.15)? Há uma inimizade permanente entre os descendentes da mulher a linhagem de Sete que adoram o Senhor (Gênesis 4.26) e a linhagem de Caim que imitam a conduta diabólica, mentirosa e assassina de seu pai, o diabo (João 8.44). Essas duas sementes convivem no mesmo terreno do mundo como o joio e o trigo até o dia do juízo (Mateus 13.30).

A esperada profecia se concretizou na plenitude do tempo (Gálatas 4.4) quando os mares estavam pacificados aos portadores do Evangelho para que o singrassem sem o perigo de piratas; quando estradas partiam de Roma a todas as extensões do império e a língua grega, compreendida na maior parte do império, permitia a melhor transmissão da Santa Mensagem.

Em um momento da história a jovem Maria pronunciava seu sim, qual nos dias de outrora, quando o Espírito pairava sobre as águas, vinha sobre ela o poder do Altíssimo lha cobriam (Lucas 1.35) de tal maneira que Jesus compactuou na natureza de sua mãe que foi unida a sua natureza divina sem conversão, fusão ou confusão.

O Pai dava seu filho unigênito (João 3.16) e se agradaria em moê-lo a fim de ver o prolongamento de sua posteridade e a vontade do Senhor prosperar em suas mãos (Isaías 53.10). E sanou todos os obstáculos humanos, pois sanou as dúvidas de José (Mateus 1.24) e quando todos fecharam suas portas havia uma manjedoura de maneira que a primeira noite de natal foi vista pelos pastores, os animais e o coro dos anjos.

Lembre-se de que a sua noite de Natal pode não ser a mais luminosa aos olhos dos homens, mas você será feliz se a luz do mundo irradiar seu coração. Talvez não haja a ceia sonhada, mas será farta se o pão da vida já o tiver saciado. Pode não ter um o Papai Noel com um saco de presente nas costas, mas será maravilhosa se você entender que ganhou o maior presente de todos – a vida eterna – daquele que carregou a cruz no seu lugar. O seu Natal não precisa ser bom na perspectiva dos homens se for pleno em Jesus.

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