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sábado, 30 de setembro de 2017

Pedro e o Progresso Espiritual de uma pessoa simples


Pedro e o Progresso Espiritual de uma pessoa simples


“Irmãos, esforçai-vos com dedicação cada vez maior, confirmando o chamado e a eleição com que fostes contemplados, pois se agirdes desse modo jamais abandonareis a fé”. (2Pedro 1.10)
O espírito católico romano que influencia muito nossa cultura teve a péssima contribuição de fazer das pessoas simples que seguiam Jesus em inatingíveis e, aparentemente, tão incorruptíveis quanto o divino Mestre que seguiram.
Pedro é um caso excepcional, pois imputaram-lhe o cargo de ser o primeiro papa dos Romanos em uma interpretação equivocada de Mateus 16.18,19. Percebemos essa incoerência quando vemos Tiago exerce o papel de moderador do Concílio de Jerusalém conforme Atos 15.13.
O Pedro imponente que ostenta as chaves do Reino dos céus não combina, nem de longe, com aquele que conhecemos e nos identificamos nas páginas da Palavra.
Fora eleito “antes da fundação do mundo para ser santo e irrepreensível” (Efésios 1.4). Cremos nessa informação, porque um dia o Senhor o chamou  para ser pescador de homens” (Lucas 5.10) e o irmão de André arrastou seu barco para a praia, renunciou todas as coisas e seguiu Jesus. Esse é um perfeito exemplo de vocação eficaz, ou seja, Deus por seu poder e graça, onipotentes, no tempo aceitável, convida e atrai o eleito e somente ele a Jesus (João 6.44) pelos instrumentos da Palavra e do Espírito. Para que essa suprema bondade angarie o efeito desejado, ilumina o entendimento e renova-lhe a vontade (Veja Catecismo Maior de Westminster, no 67,68). Se não fosse assim, o pescador galileu poderia ter renunciado a o privilégio de estar mais perto de Jesus como fez o Jovem rico (Lucas 18.23).
De fato, Pedro aproveitou o máximo dessa união com o Senhor. Por obra o Espírito Santo reconheceu-O como “o Cristo, o filho do Deus vivo” (Mateus 16.16). Convidado a seguir aqueles que não andavam com o Senhor reconheceu que não poderia, porque só Jesus tinha palavras de vida eterna (João 6.68). Anulou seu conforto diante da felicidade de estar no monte da transfiguração (Lucas 9.33). Contudo teve momentos em que sua carne falou alto, pois sentiu medo do vento na travessia do mar (Mateus 14.30), tentou dissuadir Jesus de sua paixão e morte (Mateus 16.22,23), fora irascível (João 18.10) e traidor (Lucas 22.61,62). Pedro testemunha a favor da evangelização dos gentios sem impor-lhes a lei mosaica (Atos 15.7-11), todavia é repreendido por Paulo por tentar preservar uma aparência judaica em Antioquia (Gálatas 2.11-14).
Portanto, Pedro, tal como todos nós, foi, diversas vezes influenciado pelo pecado desejando até mesmo deixar o ministério (João 21.3), mas sempre soube qual era o verdadeiro caminho, a fonte das Palavras de vida eterna, quem era o Cristo e, apesar das aparências e erros, amava a Jesus intensamente (21.17) de tal maneira que sequer se achou digno de ser crucificado na mesma posição que seu Mestre. Imitemos esse grande apóstolo na sua humildade (1Pedro 5.1; 2Pedro 3.15) e espírito comprometido.

Um comentário:

  1. Na verdade é que em muitos casos, ( acho até que é exceção e não regra, qdo o ser humano atinge um patamar ou uma posição de liderança em uma religião, se sente "SUPERIOR. Qdo na verdade, deveria ser o contrário. Para mim, qto maior o cargo ( se é que podemos fazer essa balização de cargos, em igrejas) maior teria que ser a humildade.Não sou o dono da verdade. Mas,é o que penso.

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