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terça-feira, 16 de janeiro de 2018

A ÁRDUA TAREFA DE SE RELACIONAR COM PESSOAS DIFÍCEIS

A árdua tarefa de se relacionar com pessoas difíceis



Existe um provérbio português que diz: “o ataque é a melhor defesa”, que defende a demonstração hostilidade é uma atitude protetiva a qualquer problema que outras pessoas possam nos ocasionar. Contudo, se mostramos agressividade às situações que não acontecerão que dirá daquelas que fatalmente se efetivam? Dessa maneira, como reagir diante do mal? Diante da hostilidade alheia, como responder? Como reagir diante de uma atitude que me prejudicou?
A terceira lei de Newton afirma que toda ação tem uma reação aposta e em igual intensidade. Naturalmente dentemos a responder o bem o com o bem e o mal com o mal na proporção em que fomos atingidos. Acreditamos até pelo fato de sermos prejudicados temos o direito de agir de igual forma. Contudo essas propostas não passam pelo crivo das Escrituras, pois Paulo nos orienta de forma inspirada: “a ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas dignas, perante todos os homens” (Romanos 12.17).
No capítulo 12, desde o versículo 9, Paulo está tratando de virtudes cristã e entre elas apresenta a virtude de não pagar o mal com o mal. A ideia de de Paulo é que o cristão, diante de uma atitude alheia que o prejudicou não tem o direito, aparentemente, natural de responder na mesma moeda. O Apóstolo dos Gentios está repetindo a ideia do Mestre em Mateus 5.43-45.
Jesus afirma: “Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo”. Essa é uma referência a Levítico 19.18 e Jesus não tem como objetivo criticar a lei, mas mostrar como ele veio dar pleno cumprimento a ela (Mateus 5.17). Os comentaristas bíblicos Beale e Carson mostram que Jesus proclama uma nova ética que não está restrita aos padrões de um país, mas tornam-se universais. Jesus não está flexibilizando os padrões da lei, mas tornando-os mais rígidos, pois obriga a transcender as meras aparências e estabelecer uma vida completamente comprometida com o evangelho.
Se nos parece habitual odiar nossos inimigos, amaldiçoar os que me perseguem, mas os imperativos de Jesus são outros e só podem ser levados a efeito pela graça, pois ordena a amar nossos inimigos e bendizer aqueles que nos amaldiçoam. Esse ensino estava presenta até mesmo no Pentateuco (Êxodo 23.4,5).
O motivo dessa conduta é “para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5.45). Cuidado! Jesus não está dizendo que nos tornamos filhos de Deus a partir daquilo que fazemos. Nossa adoção se deu pela graça e soberania de Deus (Veja João 1.11-14; Romanos 8.15; 9.4; Gálatas 4.5; Efésios 1.5). Contudo nossa atitude frente aos nossos inimigos e àqueles que nos amaldiçoam evidenciam nossa filiação, pois os filhos tendem a imitar seus pais e nosso Pai celestial “faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos” (Mateus 5.45b).
Conviveremos com pessoas difíceis na maior parte do tempo. Quase nunca seremos correspondidos em nossas expectativas. Temos dois caminhos: aquele oferecido pelo mundo o que implica praticar o mal e amaldiçoar ou o proposto pelas Escrituras, pautado pela oração e ver o lado bom das pessoas. Neste caminho há graça, naquele armas e sofrimento.

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