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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

AS LIÇÕES DO NATAL



As lições do Natal

O Natal é um momento especial. Durante o ano, muitas pessoas optam pelo isolamento e se entregam à desenfreada correria daqueles que precisam ganhar a vida. Contudo, nesse período específico, quando as luzes natalinas iluminam as cidades, as pessoas querem se unir. Há troca de presentes entre convivas que se preocupam com os interesses e gostos uns dos outros. Nesses dias festivos, as mesas são abastecidas na proporção das condições, porém, na maioria das vezes, regadas com alegria e gestos de carinho. Mas nos cabe a pergunta: o que o natal tem para nos ensinar? Será que as mais ricas instruções dessa data estão na culinária ou na economia na hora de comprar presentes e gêneros alimentícios? Com certeza, NÃO! O Natal tem ensinamentos preciosos para nossa vida inteira.

A primeira lição está no fato de que Deus cumpre sua Palavra. A promessa do Salvador foi efetivada em Gênesis 3.15 (o protoevangelho) mostrando que não há estado de miséria que não possa contar com a graça divina (Romanos 5.20). O Senhor mostrou que sua promessa obedece a padrões estabelecidos por ele, que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade (Efésios 1.11). Eva, por exemplo, se enganou nesse sentido, pois, ao ver seu primeiro rebento, acredita que alcançou “um varão, o SENHOR” (Gênesis 4.1).

Eva entendeu que o seu descendente, incumbido de esmagar a cabeça da serpente, seria igual ao SENHOR em substância e natureza, contudo, quando viu que a única coisa que Caim esmagara era a cabeça de seu irmão, submeteu-se aos designíos de Deus e acolheu Sete como bênção de Deus para reiniciar a linhagem que iria chegar até Jesus (Gênesis 4.25).

A segunda lição é que Deus, apesar de se revelar claramente desde a criação pelas coisas que foram criadas (revelação geral, Romanos 1.20), e ter estabelecido meios naturais pelos quais sustém, dirige, dispõe, dirige e governa todas as coisas das menores até as maiores, o Senhor poder agir de maneira sobrenatural, ou seja, fazendo a pedra jorrar água (Êxodo 17.6), o sol parar (Josué 10.3), curando doenças mortais (2Reis 20.7) ou a virgem conceber e dar a luz (Isaías 7.14; Mateus 1.23). Segundo Berkhof, “se Jesus fosse gerado por um homem, seria uma pessoa humana, incluída na aliança das obras, e, como tal, partilharia da culpa comum da humanidade. Dessa maneira, temos certeza que Jesus não tem contaminação alguma pelo pecado.

Deus, por meio dos milagres, mostra-nos que não vivemos encerrados em padrões naturais, que não estamos sozinhos entregues a nossa própria sorte, mas há o Senhor que zela pelos seus. Diante dos milagres, reconhecemos a soberania divina frente a nossa parca sabedoria, mas também, somos levados a glorificar o nome do Senhor. Cientificamente, era impossível que a Isabel estéril viesse a dar à luz (Lucas 1.36). Biologicamente, é impossível que alguém engravide sem relação sexual, mas “não há impossíveis para Deus em suas promessas” (Lucas 1.37).

Portanto, por mais validade que tenha um diagnóstico médico e por mais que devamos lhe dar atenção, ele não é a palavra final. A Bíblia conta a história de uma mulher que sofria de hemorragia (doença que lhe deixava impura e, por isso, à margem do convívio social) há doze anos. Gastara todos os seus bens com os médicos (como o doente imaginário de Moliére). Para a ciência do primeiro século, na Palestina, essa mulher estava fadada a uma vida solitária e de humilhação, mas tudo mudou quando tocou na orla do manto de Jesus.

Não fique triste quando os recursos humanos fracassarem, porque, na terceira lição do natal, vemos que não havia hospedagem para José e Maria nas estalagens de Belém e o Senhor dos Senhores nasceu em uma manjedoura sob os olhos atentos dos animais. Os grandes músicos não lhe tocaram, tampouco lhe escreveram loas a sua divina majestade, mas a corte celestial cantava glória. Os poderosos de sua época não lhe prestigiaram, mas os pastores vieram, em detrimento da obrigação que tinham para com os rebanhos, vieram a Belém, à vida do pão para ver o pão da vida. Seu nascimento não foi anunciado nas praças, tampouco foi registrado nos documentos oficiais, mas na Palavra e nas estrelas esse fato estava grafado. Dessa maneira, entenda, perto daquilo que o Senhor tem para a sua vida, aquilo que os homens podem lhe oferecer são pequenas migalhas.

Ninguém deveria ser humilhado ou desprezado, mas o Senhor permite que enfrentemos as mais diversas adversidades, a fim de alcançarmos um coração perseverante (Tiago 1.2,3), por isso, quando esses momentos maus nos encontrarem, a quarta lição do natal mostra que Jesus, apesar de viver em estado de glória pelo fato de ser eterna mente gerado do Pai, Jesus não se importou ao se esvaziar para assumir a forma de um escravo (Filipenses 2.6,7). Dessa maneira, não há ninguém tão importante que não possa ser humilhado e uma vez nessa condição imitamos o nosso Salvador que perdoou até mesmo seus algozes. O Reverendo Vicente Themudo Lessa, ao contar a história do pastor e médico Wiliam Butler, narrara que passava por uma rua, quando sentiu que alguém havia escarrado em sua cabeça. Diante dessa situação humilhante poderia responder como os filhos do mundo falando impropérios, declarando imprecações ou, como filho de Deus, analisando o escarro. Pois foi assim que procedeu e, detectando tuberculose, tratou daquele que o humilhara, amontoando brasas vivas na cabeça (Romanos 12.20) do pobre insensato. Inúmeras vezes, perdemos oportunidades de testemunharmos o Senhor para angariarmos orgulho próprio. Jesus nos ensina que todo aquele que se humilhar será exaltado (Filipenses 2.9-11).

Portanto, não deixe o seu natal virar um marco comercial e uma festa de comilanças e bebedices, mas utilize-o como um testemunho vivo para a sua vida. Fale dele aos seus parente e amigos e você verá que a suposta magia do natal não se compara ao poder do evangelho. Que Deus o abençoe! Bom Natal!




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