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sexta-feira, 10 de julho de 2015

A Palestina no três séculos que antecederam Jesus


A Palestina nos três séculos que antecederam Jesus

Concordamos com Damasceno (2011, p. 17) que a importância do estudo do período inter-bíblico se dá por três razões: compreendemos o pano de fundo histórico do Novo Testamento, sua cultura, como também, conseguimos visualizar a providência de Deus preparando o mundo para a vinda de Cristo.
Gundry (1981, p. 3) entende que o período intertestamentário é um hiato que se inicia com os evento que encerram o Antigo Testamento, ou seja, cativeiro da Babilônia e retorno dos exilados sob a hegemonia persa e os primórdios da história do Novo Testamento. Contudo podemos visualizar esse período de forma mais remota no sonho do rei Nabucodonosor interpretado por Daniel (Dn 2), pois como afirma Calvino (2000, p. 137) “Deus pretendia descrever o estado futuro até o advento de Cristo”.
Segundo Calvino (2000, p. 137), temos quatro impérios diferentes entre si e em que cada um nasce pela destruição do outro, assim como a degradação moral dos seus líderes.
De 626-539 a.C. os judeus ficaram sob o domínio da “cabeça de ouro” que é finalizado pela ação providencial por Ciro da Pérsia (Es 1.1-4). Contudo o ventre e os quadris de bronze da estátua sonhada. Alexandre, o grande traz em seu ímpeto e voracidade expansionista o força devastadora do bronze. A Palestina que fora subjugada por Nabucodonosor, a cabeça de ouro; que foi vencido por Ciro, “o peito e os braços de prata”; que foi subjugado pó Alexandre[1], o soberano do império que é retratado como“o ventre e os quadris de bronze” na batalha de Issus em 333 a.C. No livro de Daniel esse admirável estrategista é retratado como o chifre notável do bode que vem do ocidente (Dn 8.5).
O Discípulo de Aristóteles, mesmo a contra gosto de seu mestre, levou ao a sua jornada de conquistas o ideal cosmopolita. Segundo Reale et al (1990), enquanto Aristóteles entendia eu a cidade perfeita seguia as necessidades humanas, pois não tem nem cidadãos de mais, nem de menos, também não possui um vasto território, todavia seu discípulo, nos 12 anos de reinado, uniu o ocidente e o oriente em um império extremamente grande, pois saía do sul da Grécia e ai até o rio Indo na Ásia. Stott (2005, p.106) entende que o engrandecimento desse bode se dá no caráter expansionista do Império Macedônico governado por Alexandre (Dn 8.8a).
Se Aristóteles não acreditava que os bárbaros eram incapazes de desenvolver cultura ou governo livre, Alexandre, com suas conquistas ordena a educação dos jovens na cultura grega, de tal maneira que se estima que na pérsia 30 mil jovens tenham sido educados na cultura grega e nas táticas militares macedônicas.
Calvino (2000), no comentário de Daniel, descreve o filho de Filipe II como um rapaz invejoso das vitórias do pai e que nutria a ambição de conquistar o mundo sem ter a menor piedade de para atingir seus objetivos derramar sangue com extrema crueldade.
Com a vitória sobre Dario III em Issus (333 a.C.), Alexandre ganha, com a Pérsia, a Palestina. Conta-se que, quando o soberano da Macedônia se aproximava de Jerusalém, o Sumo-sacerdote Jadua saiu ao seu encontro e mostrou-se a profecia de Daniel. 8.20-22. Mesmo que essa visão não seja a mais aceita pelos historiadores, de fato Alexandre deu um tratamento privilegiado aos judeus, como benefícios como a permissão de observarem suas leis, ausência de impostos nos anos sabáticos e privilégios de súditos àqueles que se estabelecerem em Alexandria.
O Exegeta da Reforma afirma que Deus, para mostrar o desgosto para com a vida cruel de Alexandre, eliminou-o (323 a.C.), assim como toda a sua prole, inclusive sua mãe de oitenta anos foi morta à espada.
Alexandre, conforme afirma Reale et al (1990, p. 228), pôs fim a Pólis grega, mas os organismos políticos que derivaram de sua visão se tornaram instáveis, em um mundo que a virtude é suplantada pela técnica, o cidadão pelo indivíduo e o administrador da coisa pública pelo funcionário, soldado ou mercenário.
Com a morte precoce de Alexandre (aos 33 anos no 12º de seu reinado), seu império foi dividido entre os seus generais: Ptolomeu (Egito, fenícia e a Palestina), Seleuco (Pèrsia, Mesopotâmia e a Síria), Cassandro (Macedônia) e Lisímaco (Ásia Menor e a Trácia). Segundo Vicentino (2000, p. 81), o fracionamento do vasto império, assim como as disputas internas trouxeram a estagnação e a vulnerabilidade ao poderio romano nos séc. II e I a.C.
O primeiro livro dos Macabeus descreve esse momento da seguinte maneira:
Aos doze anos de reinado, Alexandre morreu, e seus generais assumiram o governo, cada qual em seu território; ao morrer Alexandre, todos cingiram coroa real, e depois os filhos deles durante muitos anos, multiplicando as desgraças do mundo (1 Macabeus 1.7-9)
O helenismo, segundo Japiassú et al (1996, p.124), é “a influência que a cultura grega passou a ter no Oriente Próximo (Mediterrâneo Oriental: Síria, Egito, Palestina, chegando até o Egito e Mesopotâmia) após a morte de Alexandre e em consequência de suas conquistas”. Chalita (2004, p. 73), fazendo um esboço da história da filosofia desse período, mostrará que a expansão Macedônica trouxe, tal como em nossos dias a globalização, a ideia da vasta extensão territorial e cultural do mundo em que vivemos. Cintando Armstrong afirma:
Podemos dizer, lançando mão de uma metáfora, que a cidade continuava presente ali, mas que as muralhas estavam em ruínas e que a segurança e a forma definida que, junto com certas limitações, essas mesmas muralhas davam a vida dos cidadãos, haviam se esvaecido.
Dessa maneira, o pensamento helenístico não vai se preocupar com o cultivo das virtudes dentro de uma cidade, tampouco com a ideia de cidadão, Estado e política, mas com a ética e o indivíduo. As correntes filosóficas que florescem nesse período são o Ceticismo (defendiam que o ser humano não possuía instrumentos suficientes para atingir a verdade), Estoicismo (a felicidade consiste em viver em total harmonia com a natureza, dominando paixões e suportando sofrimentos), Cinismo (tinha como princípio voltar uma vida simples, desprezando leis existentes e convenções sociais), Epicurismo (o bem é o prazer e, por isso, seus seguidores deveriam satisfazer seus impulsos de forma moderada).  Em Atos 17. 18, vemos filósofos estóicos e epicureus discutindo com Paulo na Àgora.
Gundry (1981, p. 4) afirma que o fato da Palestina ficar entre o Egito e a Síria foi alvo da rivalidade de Ptolomeus e Selucidas. Gonzalez (2004, p. 30) explica essa realidade da seguinte maneira:
A invejável localização geográfica da Palestina causou muito infortúnio ao povo que considerava sua terra prometida. A Palestina, pelo meio da qual passavam rotas de comércio do Egito e a Assíria e da Arábia para a Ásia Menor, sempre foi objeto de cobiça imperalista dos grandes estados que surgiram no Oriente Próximo.
Desses quatro generais nos interessa Ptolomeu[2] e Seleuco. Aquele se centralizou no Egito tendo Alexandria como capital, este centrou-se na Síria e teve Antioquia como capital. Guntry (1981, p.4) afirma que os Ptolomeus governaram a Palestina por cento e vinte anos (320-198 a.C.).
Nesse período os judeus tiveram relativa paz[3], pois Ptomoleu II[4] (Filadelfo) era amigos dos judeus de tal maneira que nesse período 72 homens procederam a tradição das Escrituras do hebraico para o grego. Essa tradução, segundo Archer (1984, p. 43), que ficou conhecida como Septuaginta (LXX[5]), traduzida em Alexandria de 250 a 150 a.C., para aproximar dos judeus de fala grega.
A história tradicional dessa tradução é relatada por Flavio Josefo (L10, Cap. 2, 454), na qual Demétrio Falero pede a Ptolomeu II (Filadelfo) tradução dos livros hebreus que seriam de difícil tradução, mas possível dese que o rei não se importasse com as despesas. O rei escreve ao Sumo-Sacerdote da época, Aristeu, que concordou com a tradução desde que o rei soltasse 120 mil prisioneiros. O rei concordou e deu ordem para que se traduzisse.
O processo de helenização dos judeus é progressivo. Bright (1978, p. 568) adverte que esse processo nunca foi direto, mas havia o pensamento grego no ar, o que inevitavelmente influenciava os judeus que tinham de dbater sobre os novos problemas que esse pensamento impunha. Essa influência ganhava adeptos não entre os judeus tradicionais mas entre aqueles que estavam corrompidos e ávidos pela cultura grega e que, nas palavras de Bright (1978, p. 569), achavam suas leis e costumes um estorvo
Segundo Bright (1978, p. 565), os reis selêucidas nunca concordaram com a apropriação da Palestina pelos Ptolomeus e consideram essa atitude como roubo, mas não podiam fazer muito, porque enfrentavam rebeliões nas províncias orientais (Pérsia, Pártia, Hircânia e Báctria), assim como perdas na Ásia Menor restringindo seu controle as montanhas do Tauro ea Média.
Essa situação se inverteu quando Antíoco III, o grande, subiu ao trono, pois dotado de espírito enérgico e hábil estrategista reafirmou os limites do império da Ásia Menor até a Índia, mas também, derrotou Ptolomeu IV em 217 a.C. na batalha de Ráfia[6]. Segundo Josefo (L 10, Cap. 3, 45), os judeus, que não agüentavam mais o período de lutas, se entregaram de bom grado a Antíoco que lhe concedeu privilégios tal como verba para a manutenção do culto.
Antíoco III, o grande, relata essa situação da seguinte maneira a Ptolomeu IV:
O rei Antíoco, a Ptolomeu, saudação. Os judeus nos testemunharam grande afeto logo que penetramos no seu território. Eles vieram à nossa presença com os seus chefes, receberam-nos em sua cidade com toda espécie de honras, deram alimento às nossas tropas e aos nossos elefantes e uniram-se aos nossos contra a guarnição egípcia da fortaleza de Jerusalém. Cremos que é dever de nossa bondade manifestar-lhes a nossa gratidão. (in Josefo L 10, Cap. 3, 45)
Esse célebre rei seleucida levou seu império ao auge, mas foi longe demais ao refugiar em seus limites Aníbal de Cartago e intentar contra Roma. Segundo Bright (1978, p.569), esse erro lhe custou uma derrota humilhante em Magnésia (190 a.C.) e um tratado de paz vergonhoso em Apameia, sob o qual teve de entregar Aníbal (que consegue fugir), seus elefantes de guerra, o próprio filho (Antóco IV) e pagar indenização aos romanos. Antíoco III não vive mais muito tempo depois dessa golpe e morre enquanto saqueava o templo de Elam para pagar aos romanos.
Seleuco IV, irmão de Antíoco IV, sobe ao trono e confirma os privilégios conferidos. Morre em 163 a.C. e lhe sucede o irmão que voltara do exílio. Antíoco IV adota o nome de Epifânio (deus manifesto)[7]. Ele é denominado em “rebento perverso” pelo autor do primeiro livro dos Macabeus (1.10). Costa (1992, p. 19) os opositores de Antíoco IV o apelidaram de Epimanes (o louco). Schökel (2006, p.953), comentando 1 Macabeus 1.10, afirma: “é de se notar que o novo rei não imita o pai e sim seus antepassados; renasce nele uma maldade ancestral”.
Entretanto, segundo Bright (1978, p.570,571) precisamos compreender que ao subir ao trono Antíoco IV estava vontando de um período em que fora por doze anos refém dos romanos, seu pais estava morto, o reino estava em declínio e Ptolomeu VI reativava interesse sobre a Palestina e a Fenícia que lhe foram tomadas pelo império Selêucida, sem contar no progressivo interesse romano pelas terras mediterrâneas orientais.
Dessa maneira, precisando unificar seu reino, porém sem capital para isso lança mão do tesouro do templo de Jerusalém, todavia, para isso, precisava oferecer violenta oposição aos judeus tradicionais e contar com aqueles que almejavam uma revolução nos costumes. Os judeus ortodoxos têm nesse momento dois problemas: o rei pagão e judeus apóstatas.
Devido a essa situação Antíoco IV se torna um missionário dos ideais e da religião grega, conforme Bruce (1949, p. 12). A primeira medida é afastar o Sumo-Sacerdote Onã III e nomear para esse cargo pelo irmão deste, o helenizante Jasom (antes se chamava Josué) e pretendi transformar Jerusalém em um uma cidade grega.
Jasom pagara trezentos e sessenta talentos para ocupar o lugar de seu irmão conservador e permitia que Antíoco IV construísse em Jerusalém um Ginásio e uma Efébia conforme afirma Costa (1992, p. 19). Segundo Schökel (2006, p. 953) afirma: “o ginásio chegava a constituir um centro de vida urbana: era um evento esportivo e cultural. Treinando nus na palestra, os jovens sentiam vergonha de sua circuncisão, que parecia uma estranha mutilação” (1 Macabeus 1.12-15). Sem contar que aos jogos estavam embutidos a adoração a Herácles ou Hermes (BRIGHT, 1978, p. 572,573).
Gundry (1981, p. 5) mostra que a essa realidade somava a presença de teatros gregos e até mesmo o desejo de usar as mesmas roupas helênicas levam alguns judeus a deixar seus costumes, o que promovia intensa corrupção dos cstumes. Aqueles que que se opunham a esse processo de paganização eram chamados de Hasidim (piedosos, separados).
Três anos depois de Jasom ser nomeado Sumo-Sacerdote, um indivíduo chamado Manaém, mas que assumiu o nome de Menelau e ofereceu 300 talentos a mais que Jasom e passou a substituí-lo.
Antíoco IV marchou contra o Egito, mas esbarrou no poderio de Roma que não desejava o crescimento dos Selucidas. Depois de dois anos no Egito se proliferou o cmentário de que ele teria morido em batalha e isso levou Jasom a marchar contra Menelau depondo-o. Quando Epifânio reorna em 169 a.C. entende isso como traição e inicia um processo de intensa perseguição aos judeus, segundo Costa (1992, p. 20), esse processo contou com a profanação do altar do templo com o sacrifício de animais impuros como porcos transformando-o na casa de Júpiter instituindo até mesmo a prostituição cultual nele, assim como, proibiu a circuncisão, a guarda do sábado, a posse da Torah. Antíoco IV passou a se apresentar como o próprio Zeus em pessoa. Nesse momento de grande ofensiva tanto judeus ortodoxos, como liberais se uniram contra qualquer tipo de sincretismo, conforme afirma Costa (1992, p.21).
A luta contra as loucuras de Epifânio fica mais intensas, quando funcionários reais encarregados de fazer apostatar à força chegam na aldeia de Modim e obrigam os sacerdotes a oferecer culto pagão. Todavia Matatias, filho de Simeão, não só se recusou a oferecer culto idólatra afirmando:
Ainda mesmo que todas as nações que se acham no reino do rei o escutassem, de modo que todos renegassem a fé de seus pais e aquiescessem às suas ordens, eu, meus filhos e meus irmãos, perseveraremos na Aliança concluída por nossos antepassados. Que Deus nos preserve de abandonar a lei e os mandamentos! Não obedeceremos a essas ordens do rei e não nos desviaremos de nossa religião, nem para a direita, nem para a esquerda. (1 Macabeus 2.19-22)
O velho Matatias morre sem ver a libertação de seu povo, mas Judas apelidado Macabeu (martelo) continua a revolta que ganho o nome de Revolta dos Macabeus que teve início em 167 a.C. e prosseguiu até a morte de Antíoco Epifânio em 163 a.C. na Pérsia, a lutra contra os seleucidas durou mais vinte anos. Contudo, após a morte de Antíoco IV, os judeus recuperaram a liberdade religiosa, conquistaram a Palestina e expulsaram tropas sírias (GUNDRY, 1981, p. 9,10). O altar profanado foi derrubado e no seu lugar foi contruido um novo (1 Macabeus 4.44-46)[8]
A renovação ocorreu no mesmo dia do ano cento e quarenta e oito e da Olimpíada cento e cinqüenta e quatro, como o profeta Daniel havia predito, quatrocentos e oito anos antes, dizendo clara e distintamente que o Templo seria profanado pelos macedônios. (JOSEFO L 12, cap. 11, 476)
Judas Macabeu[9] morto em batalha em 160 a.C. é sucedido pelos seus dois irmãos: Simão e Jônatas, iniciando a dinastia hasmoneana que durará de 142 a.C.-37 d.C. Jonatas[10] passou a reconstruir os muros, sendo sucedido em 143 a.C. pelo seu irmão, Simão[11], que solidifiou o relacionamento com os romanos como seu irmão, Judas, havia iniciado antes de morrer.
A Dinastia Hasmoneana foi marcada por propósitos políticos que isolaram aqueles que tinham um comprometimento maior com a religião e os costumes da lei. Dessa maneira, hasidins (que depois vão ser chamados de fariseus) e essênios se distanciaram dessa política, sendo os fariseus uma seita judaic marcada pela ortodoxia e os essênios vão se retirar para o deserto em busca de fugir dessa corrupção latente. Os essênios “eram a parte de um círculo mais amplo da religião judaica em que o apocalipsismo era predominante” (GONZALEZ, 2004, p. 36)
Os saduceus, judeus conservadores, combinam com a aristocracia diferenciavam-se dos fariseus no fato de serem centrados na lei escrita, enquanto os fariseus e escribas admitiam lei oral. Dessa maneira, os saduceus “negavam na ressurreição, a vida futura, a complicada angeologia e domonologia do Judaísmo mais recente e a doutrina da predestinação” (GONZALEZ, 2004, p. 34). Essa realidade pode ser vista com clareza em Atos 23.6. Kistemaker (2006, p. 420), comentando esse versículo de Atos, cita Marshall: “na igreja judaica cristã primitiva alguém podia se tornar cristão e continuar fariseu, mas um saduceu teria de mudar totalmente sua posição teológica”. Os zelotes continuaram lutando contra as influências estrangeiras.
Simão é sucedido por seu filho João Hircano[12] que, em 128 a.C. concluiu o processo de conquista dos teritórios que circundavam a Judéia (Galileia e Samaria[13]), inclusive a Idumeia (terra de Edom). Judas, filho de João Hircano sucedeu-lhe, e assumiu o nome de Aristóbulo I e foi o primeiro a assumir o título de “rei dos judeus” e foi sucedido pelo seu irmão Alexandre Janeu (104-78 a.C.), que governou como um tirando oriental. Alexandre foi sucedido por sua mãe Alexandra que governou em paz, mas em sua morte seus filhos passaram a disputar a coroa, pois Aristóbulo II havia desapossado Hircano, seu irmão mais velho. Com essa disputa Roma invade a Judeia em 63 a.C. liderada pelo general Pompeu  que profana o templo entrando até mesmo no santo dos santos.
Antípater, governador da Idumeia, apoiou a causa de Hircano, tal como triunvirato Marco Antônio. Com a morte de Júlio César Herodes, filho de Antípater passa a governar a Judéia com o apoio de Roma.


Referências Bibliográficas
ARCHER, G.L. Merece Confiança o Antigo Testamento. Trad. Gordon Chow. 3.ed. São Paulo: Vida Nova, 1984.
BRIGHT, J. História de Hisrael. Trad. Euclides Carneiro da Silva. São Paulo: Paulinas, 1978.
CALVINO, J. Daniel. Vol. I. Trad. Eni Dell Mullins Fonseca. São Paulo: Parakletos, 2000.
CHALITA, G. Vivendo a Filosofia. 2.ed. São Paulo: Atual, 2004.
COSTA, H.M.P. A Literatura Apocaptico-Judaica. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1992.
DAMASCENO, E. 400 anos: um elo não tão perdido. Clube de Autores, 2011.
GONZALEZ, J. Uma História do Pensamento Cristão: do início até o Concílio de Calcedônia. Trad.: Paulo Arantes, VAnuza Helena Freire de Mattos. São Paulo: Cultura Cristã, 2004.
GUNDRY, R.H. Panorama do Novo Testamento. 2.ed. Trad.: João Marcos Bentes. São Paulo: Vida Nova, 1981.
JAPIASSÚ, H; MARCONDES, D. Dicionário de Filosofia. 3.ed. Rio de Janeiro, Ed. Jorge Zahar, 1996.
JOSEFO, F. História dos Hebreus: de Abraão à queda de Jerusalém. Trad. Vicente Pedroso. 8.ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2004.
KISTEMAKER, S. Atos. Vol. II. Trad. Ézia Mullins e Neuza Batista da Silva. São Paulo: Cultura Cristã, 2006.
REALE, G; ANTISERI, D. História da Filosofia. Vol. I. São Paulo: Paulus, 1990.
VICENTINO, C. História Geral. São Paulo: Scipione, 2000.
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/museu/alexandre.htm. Acessado no dia 12 de junho de 2014 às 7h.




[1] “Alexandre, o grande se tornou senhor do antigo Oriente Médio, ao infligir sucessivas derrotas aos persas, quando nas batalhas de Granico (334 a.C.), Isso (333 a.C.) e Arbela (331 a.C.)” (GUNDRY, 1981, p. 3)
[2] Cleópatra, que morreu em 30 a.C., foi o último expoente da Dinastia Ptolomaica.
[3] Segundo Josefo (L10, cap. 1, 453), Ptolomeu I, chamado Sóter não faz jus a esse título de Sóter (libertador), pois levou cativos judeus para o Egito.
[4] Sugedeu seu pai Ptolomeu I ou sóter.
[5] Adotou-se o numero romano LXX para se referir a essa tradução, porque setenta redondo é o mais próximo de 72 (GUNDRY, 1981, p. 5)
[6] Essa batalha também é conhecida como batalha de Gaza, porque a cidade de Rafah se localiza na faixa de Gaza, como F.F. Bruce chama, contudo esse autor aponta a data dessa batalha em 312 a.C.
[7] Schökel (2006, p. 953) entende que o título de “Epifânio” reforçava malignamente o título messiânico de Jr 23.5; 33.15.
[8] Até hoje os católicos seguem esse procedimento quando um altar é profanado. “O altar perde a dedicação ou bênção se forem destruídos em grande parte ou se forem permanentemente reduzidos a usos profanos” (Código de Direito Canônico, 1212)
[9] Segundo Stott considera que Judas Macbeu moreu em 161 e exerceu sumo-sacerdocio de 166-161 a.C.
[10] Exerceu sumo-sacerdócio 161-143 a.C.
[11] Exerceu sumo-sacerdócio de 143-135 a.C.
[12] Exerceu sumo-sacerdócio de 135-105 a.C.
[13] João Hircano destruiu o templo samaritano no Monte Gerizim.

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