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sábado, 18 de fevereiro de 2017

Por que Existo?



Por que existo?

Davi afirma: O homem é semelhante a um sopro; os seus dias são como a sombra que passa. (Salmo 144.4). Diante da aparente brevidade da vida, o homem sempre se questionou sobre sua relação com o mundo ao seu redor. A existência humana não é curta, mas suficiente para todos os seus intentos, contudo parece efêmera, porque muito tempo é desperdiçado com preocupações vãs e vícios. O filósofo estoico – Lúcio Anneo Sêneca (4 a.C.-65 d.C.) – defende que “não temos uma vida breve, mas fazemos que seja assim, não somos privados, mas pródigos (aqueles que desperdiçam) de vida”. Nessa mesma linha, Salomão avalia sua vida nos seguintes termos: olhei eu para todas as obras que as minhas mãos haviam feito, como também para o trabalho que eu aplicara em fazê-las; e eis que tudo era vaidade e desejo vão, e proveito nenhum havia debaixo do sol(Eclesiastes 2.11).

O problema fundamental do homem está no fato de alicerçar sua fidelidade em seus prazeres e tarefas vãs. Essas fundações arenosas funcionam como ídolos que usurpam gradativamente o lugar de em nossas vidas. Esses ídolos fornecem ideias distorcidas de felicidade, que sempre passa pelo conselho e o itinerário dos perversos e pecadores. C.S. Lewis (1898-1963), na obra Cartas do Inferno, define o homem como uma espécie de anfíbio, pois é parte terreno(e por isso atingido pelo tempo) e parte espiritual (afetado pelo desejo das coisas do alto). Nessa obra, que tem como enredo um diabo mais experiente ensinando seu sobrinho como tentar um homem, afirma que Deus existe que renunciemos a nos mesmos (Marcos 8.34), mas depois nos devolver a essência de nossa personalidade, ou seja, nossa luta para preservar e defender os nossos interesses, devido ao nosso estado de radical depravação, é marcada pelo egoísmo pecaminoso, mas, quando o nosso viver é Cristo até a morte nos parecerá lucro (Filipenses 1.21).

Dessa maneira, o fim do homem, o propósito e o objetivo da sua vida não está nas bênçãos, mas no Abençoador. A busca da felicidade é tão importante que é recomendada até mesmo na Declaração de Independência dos Estados Unidos da América (1776). Contudo a Bíblia nunca nos recomenda essa tarefa, porque, escrita pelo Espírito Santo, saiba que a tentativa meramente humana de sondar a felicidade sempre esbarrará no desejo pecaminoso de dar vazão aos ídolos do velho homem que buscam controlar nosso coração. Dessa maneira , nos apresenta o que é a felicidade e como chegamos até ela.

Quando nosso sustento está em Deus e nossa vida tem como o principal desejo de glorificar nosso Criador, não nos tornamos imunes aos perigos do mundo, tampouco às provações e tentações, mas sabem lidar melhor com as adversidades que os assaltam. Jó é um bom exemplo dessa realidade, pois sendo atingindo por todos os lados (do sul, os sabeus roubam-lhe mil bois e quinhentas jumentas; do oeste, um relâmpago mata-lhe sete mil ovelhas; do norte, os caldeus roubam-lhe três mil camelos e do leste, o terrível vento mediterrâneo ceifa-lhe os filhos), contudo, quando os quatro funestos emissários, pela artimanha diabólica, chegam ao mesmo tempo, Jó declara : O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor(Jó 1.21).

Aquele que tem o Senhor como seu único arrimo aprende, tal o Apóstolo dos Gentios, a viver de forma satisfeita quer nos dias de abundância ou de fartura (Filipenses 4.12), porque podemos tudo (passar satisfeitos pela fartura ou a penúria) naquele que nos fortalece (Filipenses 4.13).

Portanto, temos apenas uma vida na qual podemos, iluminados pelo Espírito Santo, vivermos para Cristo, enquanto, aqueles que foram preordenados para o inferno desfrutam de vidas boas aos olhos do mundo, mas detestáveis para o Senhor.


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