Aviso aos perdidos
“Vinde,
adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR, que nos criou. Ele é o
nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas de sua mão. Hoje, se ouvirdes a
sua voz, não endureçais o coração, como em Meribá, como no dia de Massá, no
deserto”
(Salmo 95.6-8)
Vivemos dias maus, quando a oferta de pecado é maior que
imaginamos. Quantas vezes vocês já se sentiu perdido entre tantos caminhos, tão
diferentes e alguns com destinos que levam para tão longe da verdadeira
felicidade que está em glorificar a Deus e se alegrar nEle para sempre. Àqueles
que se encontram perdidos, esse versículo apresenta um caminho: “vinde”.
O mundo e suas ilusões nos convidam a ir, fugir de Deus.
Mas o profeta Jonas sabe o quanto isso é impossível. Davi de maneira inspirada
nos convida a vir. O único caminho seguro é aquele que está pavimentado sobre a
Palavra de Deus e, por isso, conduz ao Senhor. Esse caminho é o próprio Jesus
Cristo que disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai
senão por mim” (João 14.6). Aqueles que
andam por esse caminho não caminham cansados e sobrecarregados por causa do vão
e pesado jugo mundano em suas falsas exigências, mas das cangas leves e suaves
de Jesus.
Esse caminho implica em glorificar a Deus como ele quer
ser glorificado (Romanos 1.21). Todos os homens querem ir a Deus, mas existem
caminhos sem saída e que possuem horríveis perigos e fatais abismos. Não basta
glorificarmos a Deus, mas o devemos fazer da maneira como ele quer, ou seja,
nos moldes impostos pela Palavra. Veja o fim de Nadabe e Abiú, filhos de Arão,
os quais foram fulminados por introduzir fogo estranho no templo. Dessa maneira
vira o Senhor nosso Deus, que nos criou exige que o “adoremos, prostremos e nos
ajoelhemos”.
Essa é uma atitude perigosa e impossível àqueles que não
tiveram seus corações abertos pelo Espírito Santo, pois ou se recusarãoa
fazê-lo como se isso fosse uma atitude sem sentido (lembre do rei Agripa, que
pede para Paulo parar de pregar, porque não estava disposto a parar de pecar)
ou perigosa, pois exercerão a mesma tarefa dos pagãos que adoram ídolos que não
são nada (1Corintios 8.4). O profeta Habacuque diz: “Que aproveita o ídolo, visto que o seu
artífice o esculpiu? E a imagem de fundição, mestra de mentiras, para que o
artífice confie na obra, fazendo ídolos mudos? Ai daquele que diz à madeira:
Acorda! E à pedra muda: Desperta! Pode o ídolo ensinar? Eis que está coberto de
ouro e de prata, mas, no seu interior, não há fôlego nenhum. O SENHOR, porém,
está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra” (Habacuque 2.18-20)
Há dois motivos pelos quais devemos vir a
Deus e adorá-lo de maneira fiel: somos povo do seu pasto e ovelhas de sua mão. Enganamo-nos
acreditando que somos inteiramente livres e que escrevemos, sozinhos, a nossa
história, pertencemos ao Senhor, somos de seu pasto e isso faz dEle o nosso
Pastor, que dá a vida pelas suas ovelhas, porque somos ovelhas de sua mão, Ele
é o Deus pessoal. Servimos ao Deus soberano que nos criou que fez o mar, assim
como as profundezas da terra e as alturas dos montes (Salmo 95.5,6).
Essa é uma singularidade do cristianismo, em
todas religiões espalhadas pelo mundo ora você verá um deus soberano, mas nada
pessoal ou pessoal, mas nada soberano. Jesus
“subsistindo em forma de
Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas
esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos
homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se
obediente até a morte, e morte de cruz” (Filipenses 2.6-8).
Davi mostra que há um obstáculo para virmos a Deus
cultuá-lo reconhecendo que ele é soberano e pessoal: a dureza de nosso coração.
Veja que o salmo afirma que se hoje ouvirmos a sua voz. Como podemos ouvir a
voz de Deus senão pelas Escrituras, pois Jesus afirma: “examinais as Escrituras, porque julgais ter
nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (João 5.39). Essa voz pode ser ouvida hoje, ela não está
apenas no passado, tampouco no futuro, mas todo aquele que estiver sob a luz do
Espírito Santo pode encontrar na Bíblia a voz do Senhor para a sua vida. O
ímpio poderá abria Palavra e entendê-la, até com maior destreza que o cristão,
dependendo do seu grau de instrução, mas jamais a obedecerá, contudo até o mais
humilde e inculto piedoso observará a verdade suficiente para a sua salvação
nas páginas das Sagradas Escrituras. Veja o exemplo de Pedro e João, eram
humildes pescadores, e os cultos homens do Sinédrio (Supremo Tribunal Federal
de Jerusalém) reconheceram-lhes incultos e iletrados, mas viram que falam com
coragem, porque estiveram com Jesus (Atos 4.13).
Assim como Jesus a Bíblia também é humana e
divina ao mesmo tempo e, por isso, possui obstáculos humanos para sua maior
compreensão (não daquilo que é suficiente para nossa salvação), pois foi
escrita em uma língua diferente da nossa, para um contexto e uma cultura,
também, diferentes daquela que vivemos, contudo existem obstáculos espirituais,
naturais e morais. Somos naturalmente filhos da ira, radicalmente depravados e
só a compreendemos como verdade, porque fmos vivificados por Jesus Cristo.
O Salmista exemplifica a dureza do coração,
que nos impedem a vir de maneira adequada a Deus, pelo episódio de Meribá e
Massá em Êxodo 17.1-7, quando, por falta de água, o povo murmurou e houve tal
contenda que até o próprio Moisés perdeu o direito de entrar na terra
prometida. As grandes provações acontecem no íntimo do cotidiano.
Frquentemente, o Senhor nos convida a suportarmos diversas provações sem
murmurar, mas nos alegrande. Os maiores obstáculos para a nossa comunhão com
Deus se encontram em situações triviais, quando nos achamos lesados pelo
Criadore e reinvindicamos uma justiça que não merecemos, ao invés de reconhecermos
que todas as coisas (até mesmo as adversas) cooperam para o bem daqueles que
amam a Deus (Romanos 8.28).
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