Uma viagem chamada CASAMENTO
Recentemente, fui convidado para impetrar a bênção
matrimonial sobre um casal jovem, ambos ímpios, por isso, gastei tempo pensando
em uma metáfora pela qual poderia fazê-los entender os detalhes teológicos e
práticos desse passo tão importante e, assim, não perder a oportunidade de
pregar o evangelho a eles e aos seus convidados. Dessa maneira, a partir de
Efésios 5. 21-33 tentei comparar o casamento a uma viagem.
Com certeza, um dos momentos mais empolgantes da viagem é
a preparação. Estabelecer a hora, o que levar, o que comer, onde vãos parar, o
hotel que nos hospedará. Todos esses preparos nos enchem de sonhos e há um
prazer tácito em esperar esses momentos. O mesmo acontece no período de namoro
e de noivado. Esse é o tempo do preparo e não da execução. Contudo existem
inúmeros jovens queimando essa etapa e começando sem os preparos necessários e
que farão falta no caminho.
Primeira decisão a se tomar no começo do trajeto é: quem
dirigirá. Acredito que existam muitas mulheres capazes de dirigir muito bem,
contudo o esse veículo/família será dirigido pelo homem, porque ele é o cabeça
(Efésios 6.22). Essa posição que o homem assume não lhe dá o direito de
governar sua casa como um déspota, pois a Palavra irá orientá-lo a tratar sua
esposa como a parte mais frágil (1Pedro 3.7) e estar pronto a dar a vida por
ela tendo como exemplo o próprio Cristo (Efésios 5.25), tal como não sufocar
seus filhos (Efésios 6.4). O fato do homem ser reconhecido pela Palavra como o
cabeça indica que cabe a ele a responsabilidade de proteger e nutrir os seus.
A mulher está sentada ao lado do seu marido, geralmente,
apontando uma ultrapassagem indevida que ele fez ou uma entrada fundamental que
ele negligenciou, a velocidade que deve diminuir. Deus retirou a costela de
Adão para dar-lhe auxiliadora idônea (Gênesis 2.18,20). A palavra “idônea”
significa estar diante de alguém. A mulher sábia (aquela que teme o Senhor)
edifica sua casa (Provérbios 14.1a) confrontando o marido em seus erros e
apoiando-o nas lutas justas e piedosas. Imagine de Safira tivesse dissuadido
Ananias em sua ambição (Atos 5.1-10)!
Esse carro/família caminha para a glória e, em seu
trajeto, as pessoas devem se edificar com seu testemunho cristão. Todos que
estão nesse veículo não buscam seu próprio prazer, mas a glória de Cristo,
porque, como afirma o Pastor John Piper, o casamento é uma parábola permanente
da relação que Cristo tem com a igreja (Efésios 5.32). Existem teólogos, como o
citado John Piper, que acreditam que o divórcio só seria possível se Cristo se
divorciasse da igreja. Jesus não compactua de que qualquer motivo seja válido
para o divórcio, mas o adultério seria capaz de quebrar essa aliança pública
que o casal fez com Deus. Paulo acrescenta a incompatibilidade irremediável
entre o marido e a mulher (1Coríntios 7.15).
O casamento foi
criado para que homem e mulher fossem colados de tal maneira que as intempéries
e prazeres pessoais não seriam capazes de separá-los (Gênesis 2.24). Contudo o
pecado, a falta de preparo e o egoísmo são obstáculos que a igreja precisa
levar em consideração.
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