Os desafios para
os nossos dias
Estamos vivendo um período muito conturbado na história
recente de nosso país. Nesses momentos, somos tentados a acreditar que o mundo
está se movimentando em uma ordem caótica de acontecimentos onde nada mais tem
sentido. A mídia, que não tem como fundamento animar ou consolar e, nem sempre
se baseia pelos princípios da verdade e da coerência, colocam mais lenha nessa
fogueira.
Esse sentimento de desorientação cresce quando os heróis
que forjamos ruíram de maneira vergonhosa. Aqueles que antes ofereciam rumos e
metas para a nossa nação reproduzem, no poder, os mesmos erros que, outrora,
criticavam. A nossa dor é a mesma de Belchior, na música Como nossos pais, nossa dor é perceber “que apesar de termos feito tudo o que fizemos ainda somos os mesmos e
vivemos como nossos pais”.
Nessa dor as ruas de todo o
país se encheram com pessoas de todas as idades e classes sociais pedindo mais
do que uma nova política e o fim da corrupção, mas um novo caminho. Todos
querem um novo Brasil mais justo e honesto, mas desejam que essa mudança se dê
por um Salvador de forma miraculosa, contudo sabemos que a sorte e os reveses
nunca foram confiáveis. Grandes construções exigem tempo e dedicação.
Quero nessa
reflexão pensar em alguns desafios que precisaremos enfrentar:
·
Todo
ídolo ruirá: só Deus é eterno e é nEle, por meio de Jesus no Espírito
Santo que devemos colocar nossa confiança (Sl 37.5,6). Nenhum juiz ou político
merece a confiança que devemos apenas ao nosso Criador. Precisamos apoiar as
atitudes corretas e não, necessariamente, as pessoas que as praticam;
·
A
mudança ética e moral começa com cada pessoa individualmente: tanto a
palavra ética quanto a palavra moral tem o mesmo significado na sua origem
etimológica (ciência que estuda de onde vêm as palavras), ética vem do grego ethos (ἔθος), que significa costume, hábito
e moral que vem do latim mos, moris e
também significa costume, maneira de proceder. Contudo não são sinônimos
perfeitos, pois enquanto aquela se encarrega de princípios, esta nas práticas.
Dessa maneira, para mudarmos a moral de nossos governantes, precisamos
aniquilar com todo o jeitinho brasileiro que visa levar vantagem em todas as
coisas. É incoerente alguém estar indignado com os rumos da nação, mas comprar
produto pirata, produto sem nota fiscal ou da China (que junto com suas bugigangas
trafica armas e drogas e produz mais barata por que utiliza a mão de obra
escrava), para na vaga preferencial, etc. (Veja João 17.11-16);
·
As adversidades não significa que
fomos abandonados por Deus:
esse é o problema de Asafe no Salmo 77. O Salmista, que provavelmente vive nos
dias da queda do Reino do Norte e vê a calamidade avançando para o Sul,
questiona o agir de Deus, mas ele percebe que esse estado era fruto da sua
aflição. Deus tinha mudado a sua maneira de agir (Sl 77.10). O consolo que
Asafe encontra é recordar dos feitos do Senhor. A dedicação em conhecer o
Senhor pela sua Palavra nos fortalece nos momentos em que o mundo nos impõe
minimizar o nosso Deus.
Existem muitos outros desafios, mas esses tenho visto como
urgentes para ponderarmos. Saibamos que o Senhor tem disciplinado nossa nação.
Para curar o ferimento da corrupção que há muitos anos tem afligido o nosso
povo é necessário limpar o ferimento, tirar toda a pele sem vida tomar remédios
e essas atitudes, apesar de serem desconfortáveis, redundam em grande
benefício.
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