A Palestina nos três séculos
que antecederam Jesus
Concordamos com Damasceno (2011, p. 17) que a importância
do estudo do período inter-bíblico se dá por três razões: compreendemos o pano
de fundo histórico do Novo Testamento, sua cultura, como também, conseguimos
visualizar a providência de Deus preparando o mundo para a vinda de Cristo.
Gundry (1981, p. 3) entende que o período
intertestamentário é um hiato que se inicia com os evento que encerram o Antigo
Testamento, ou seja, cativeiro da Babilônia e retorno dos exilados sob a
hegemonia persa e os primórdios da história do Novo Testamento. Contudo podemos
visualizar esse período de forma mais remota no sonho do rei Nabucodonosor
interpretado por Daniel (Dn 2), pois como afirma Calvino (2000, p. 137) “Deus
pretendia descrever o estado futuro até o advento de Cristo”.
Segundo Calvino (2000, p. 137), temos quatro impérios
diferentes entre si e em que cada um nasce pela destruição do outro, assim como
a degradação moral dos seus líderes.
De 626-539 a.C. os judeus ficaram sob o domínio da
“cabeça de ouro” que é finalizado pela ação providencial por Ciro da Pérsia (Es
1.1-4). Contudo o ventre e os quadris de bronze da estátua sonhada. Alexandre,
o grande traz em seu ímpeto e voracidade expansionista o força devastadora do
bronze. A Palestina que fora subjugada por Nabucodonosor, a cabeça de ouro; que
foi vencido por Ciro, “o peito e os braços de prata”; que foi subjugado pó
Alexandre, o soberano do império que
é retratado como“o ventre e os quadris de bronze” na batalha de Issus em 333
a.C. No livro de Daniel esse admirável estrategista é retratado como o chifre
notável do bode que vem do ocidente (Dn 8.5).
O Discípulo de Aristóteles, mesmo a contra gosto de seu
mestre, levou ao a sua jornada de conquistas o ideal cosmopolita. Segundo Reale
et al (1990), enquanto Aristóteles
entendia eu a cidade perfeita seguia as necessidades humanas, pois não tem nem
cidadãos de mais, nem de menos, também não possui um vasto território, todavia
seu discípulo, nos 12 anos de reinado, uniu o ocidente e o oriente em um
império extremamente grande, pois saía do sul da Grécia e ai até o rio Indo na
Ásia. Stott (2005, p.106) entende que o engrandecimento desse bode se dá no
caráter expansionista do Império Macedônico governado por Alexandre (Dn 8.8a).
Se Aristóteles não acreditava que os bárbaros eram
incapazes de desenvolver cultura ou governo livre, Alexandre, com suas
conquistas ordena a educação dos jovens na cultura grega, de tal maneira que se
estima que na pérsia 30 mil jovens tenham sido educados na cultura grega e nas táticas
militares macedônicas.
Calvino (2000), no comentário de Daniel, descreve o filho
de Filipe II como um rapaz invejoso das vitórias do pai e que nutria a ambição
de conquistar o mundo sem ter a menor piedade de para atingir seus objetivos
derramar sangue com extrema crueldade.
Com a vitória sobre Dario III em Issus (333 a.C.),
Alexandre ganha, com a Pérsia, a Palestina. Conta-se que, quando o soberano da
Macedônia se aproximava de Jerusalém, o Sumo-sacerdote Jadua saiu ao seu
encontro e mostrou-se a profecia de Daniel. 8.20-22. Mesmo que essa visão não
seja a mais aceita pelos historiadores, de fato Alexandre deu um tratamento
privilegiado aos judeus, como benefícios como a permissão de observarem suas
leis, ausência de impostos nos anos sabáticos e privilégios de súditos àqueles
que se estabelecerem em Alexandria.
O Exegeta da Reforma afirma que Deus, para mostrar o
desgosto para com a vida cruel de Alexandre, eliminou-o (323 a.C.), assim como
toda a sua prole, inclusive sua mãe de oitenta anos foi morta à espada.
Alexandre, conforme afirma Reale et al (1990, p. 228), pôs fim a Pólis grega, mas os organismos
políticos que derivaram de sua visão se tornaram instáveis, em um mundo que a
virtude é suplantada pela técnica, o cidadão pelo indivíduo e o administrador
da coisa pública pelo funcionário, soldado ou mercenário.
Com a morte precoce de Alexandre (aos 33 anos no 12º de
seu reinado), seu império foi dividido entre os seus generais: Ptolomeu (Egito,
fenícia e a Palestina), Seleuco (Pèrsia, Mesopotâmia e a Síria), Cassandro
(Macedônia) e Lisímaco (Ásia Menor e a Trácia). Segundo Vicentino (2000, p. 81),
o fracionamento do vasto império, assim como as disputas internas trouxeram a
estagnação e a vulnerabilidade ao poderio romano nos séc. II e I a.C.
O primeiro livro dos Macabeus descreve esse momento da
seguinte maneira:
Aos doze anos de reinado, Alexandre
morreu, e seus generais assumiram o governo, cada qual em seu território; ao
morrer Alexandre, todos cingiram coroa real, e depois os filhos deles durante
muitos anos, multiplicando as desgraças do mundo (1 Macabeus 1.7-9)
O helenismo, segundo Japiassú et al (1996, p.124), é “a influência que a cultura grega passou a
ter no Oriente Próximo (Mediterrâneo Oriental: Síria, Egito, Palestina,
chegando até o Egito e Mesopotâmia) após a morte de Alexandre e em consequência
de suas conquistas”. Chalita (2004, p. 73), fazendo um esboço da história
da filosofia desse período, mostrará que a expansão Macedônica trouxe, tal como
em nossos dias a globalização, a ideia da vasta extensão territorial e cultural
do mundo em que vivemos. Cintando Armstrong afirma:
Podemos dizer, lançando mão de uma
metáfora, que a cidade continuava presente ali, mas que as muralhas estavam em
ruínas e que a segurança e a forma definida que, junto com certas limitações,
essas mesmas muralhas davam a vida dos cidadãos, haviam se esvaecido.
Dessa maneira, o pensamento helenístico não vai se
preocupar com o cultivo das virtudes dentro de uma cidade, tampouco com a ideia
de cidadão, Estado e política, mas com a ética e o indivíduo. As correntes
filosóficas que florescem nesse período são o Ceticismo (defendiam que o ser
humano não possuía instrumentos suficientes para atingir a verdade), Estoicismo
(a felicidade consiste em viver em total harmonia com a natureza, dominando
paixões e suportando sofrimentos), Cinismo (tinha como princípio voltar uma
vida simples, desprezando leis existentes e convenções sociais), Epicurismo (o
bem é o prazer e, por isso, seus seguidores deveriam satisfazer seus impulsos
de forma moderada). Em Atos 17. 18,
vemos filósofos estóicos e epicureus discutindo com Paulo na Àgora.
Gundry (1981, p. 4) afirma que o fato da Palestina ficar
entre o Egito e a Síria foi alvo da rivalidade de Ptolomeus e Selucidas.
Gonzalez (2004, p. 30) explica essa realidade da seguinte maneira:
A invejável localização geográfica da
Palestina causou muito infortúnio ao povo que considerava sua terra prometida.
A Palestina, pelo meio da qual passavam rotas de comércio do Egito e a Assíria
e da Arábia para a Ásia Menor, sempre foi objeto de cobiça imperalista dos
grandes estados que surgiram no Oriente Próximo.
Desses quatro generais nos interessa Ptolomeu e Seleuco. Aquele se
centralizou no Egito tendo Alexandria como capital, este centrou-se na Síria e
teve Antioquia como capital. Guntry (1981, p.4) afirma que os Ptolomeus
governaram a Palestina por cento e vinte anos (320-198 a.C.).
Nesse período os judeus tiveram relativa paz, pois Ptomoleu II (Filadelfo) era amigos dos
judeus de tal maneira que nesse período 72 homens procederam a tradição das
Escrituras do hebraico para o grego. Essa tradução, segundo Archer (1984, p.
43), que ficou conhecida como Septuaginta (LXX), traduzida em Alexandria
de 250 a 150 a.C., para aproximar dos judeus de fala grega.
A história tradicional dessa tradução é relatada por Flavio
Josefo (L10, Cap. 2, 454), na qual Demétrio Falero pede a Ptolomeu II
(Filadelfo) tradução dos livros hebreus que seriam de difícil tradução, mas
possível dese que o rei não se importasse com as despesas. O rei escreve ao
Sumo-Sacerdote da época, Aristeu, que concordou com a tradução desde que o rei
soltasse 120 mil prisioneiros. O rei concordou e deu ordem para que se
traduzisse.
O processo de helenização dos judeus é progressivo.
Bright (1978, p. 568) adverte que esse processo nunca foi direto, mas havia o
pensamento grego no ar, o que inevitavelmente influenciava os judeus que tinham
de dbater sobre os novos problemas que esse pensamento impunha. Essa influência
ganhava adeptos não entre os judeus tradicionais mas entre aqueles que estavam
corrompidos e ávidos pela cultura grega e que, nas palavras de Bright (1978, p.
569), achavam suas leis e costumes um estorvo
Segundo Bright (1978, p. 565), os reis selêucidas nunca
concordaram com a apropriação da Palestina pelos Ptolomeus e consideram essa
atitude como roubo, mas não podiam fazer muito, porque enfrentavam rebeliões
nas províncias orientais (Pérsia, Pártia, Hircânia e Báctria), assim como perdas
na Ásia Menor restringindo seu controle as montanhas do Tauro ea Média.
Essa situação se inverteu quando Antíoco III, o grande,
subiu ao trono, pois dotado de espírito enérgico e hábil estrategista reafirmou
os limites do império da Ásia Menor até a Índia, mas também, derrotou Ptolomeu
IV em 217 a.C. na batalha de Ráfia. Segundo Josefo (L 10,
Cap. 3, 45), os judeus, que não agüentavam mais o período de lutas, se
entregaram de bom grado a Antíoco que lhe concedeu privilégios tal como verba
para a manutenção do culto.
Antíoco III, o grande, relata essa situação da seguinte
maneira a Ptolomeu IV:
O rei Antíoco, a Ptolomeu,
saudação. Os judeus nos testemunharam grande afeto logo que penetramos no seu
território. Eles vieram à nossa presença com os seus chefes, receberam-nos em
sua cidade com toda espécie de honras, deram alimento às nossas tropas e aos
nossos elefantes e uniram-se aos nossos contra a guarnição egípcia da fortaleza
de Jerusalém. Cremos que é dever de nossa bondade manifestar-lhes a nossa gratidão.
(in Josefo L
10, Cap. 3, 45)
Esse célebre rei seleucida levou seu império ao auge, mas
foi longe demais ao refugiar em seus limites Aníbal de Cartago e intentar
contra Roma. Segundo Bright (1978, p.569), esse erro lhe custou uma derrota
humilhante em Magnésia (190 a.C.) e um tratado de paz vergonhoso em Apameia,
sob o qual teve de entregar Aníbal (que consegue fugir), seus elefantes de
guerra, o próprio filho (Antóco IV) e pagar indenização aos romanos. Antíoco
III não vive mais muito tempo depois dessa golpe e morre enquanto saqueava o
templo de Elam para pagar aos romanos.
Seleuco IV, irmão de Antíoco IV, sobe ao trono e confirma
os privilégios conferidos. Morre em 163 a.C. e lhe sucede o irmão que voltara
do exílio. Antíoco IV adota o nome de Epifânio (deus manifesto). Ele é denominado em
“rebento perverso” pelo autor do primeiro livro dos Macabeus (1.10). Costa (1992,
p. 19) os opositores de Antíoco IV o apelidaram de Epimanes (o louco). Schökel
(2006, p.953), comentando 1 Macabeus 1.10, afirma: “é de se notar que o novo rei não imita o pai e sim seus antepassados;
renasce nele uma maldade ancestral”.
Entretanto, segundo Bright (1978, p.570,571) precisamos
compreender que ao subir ao trono Antíoco IV estava vontando de um período em
que fora por doze anos refém dos romanos, seu pais estava morto, o reino estava
em declínio e Ptolomeu VI reativava interesse sobre a Palestina e a Fenícia que
lhe foram tomadas pelo império Selêucida, sem contar no progressivo interesse
romano pelas terras mediterrâneas orientais.
Dessa maneira, precisando unificar seu reino, porém sem
capital para isso lança mão do tesouro do templo de Jerusalém, todavia, para
isso, precisava oferecer violenta oposição aos judeus tradicionais e contar com
aqueles que almejavam uma revolução nos costumes. Os judeus ortodoxos têm nesse
momento dois problemas: o rei pagão e judeus apóstatas.
Devido a essa situação Antíoco IV se torna um missionário
dos ideais e da religião grega, conforme Bruce (1949, p. 12). A primeira medida
é afastar o Sumo-Sacerdote Onã III e nomear para esse cargo pelo irmão deste, o
helenizante Jasom (antes se chamava Josué) e pretendi transformar Jerusalém em
um uma cidade grega.
Jasom pagara trezentos e sessenta talentos para ocupar o
lugar de seu irmão conservador e permitia que Antíoco IV construísse em
Jerusalém um Ginásio e uma Efébia conforme afirma Costa (1992, p. 19). Segundo
Schökel (2006, p. 953) afirma: “o ginásio
chegava a constituir um centro de vida urbana: era um evento esportivo e
cultural. Treinando nus na palestra, os jovens sentiam vergonha de sua
circuncisão, que parecia uma estranha mutilação” (1 Macabeus 1.12-15). Sem
contar que aos jogos estavam embutidos a adoração a Herácles ou Hermes (BRIGHT,
1978, p. 572,573).
Gundry (1981, p. 5) mostra que a essa realidade somava a
presença de teatros gregos e até mesmo o desejo de usar as mesmas roupas
helênicas levam alguns judeus a deixar seus costumes, o que promovia intensa
corrupção dos cstumes. Aqueles que que se opunham a esse processo de paganização
eram chamados de Hasidim (piedosos, separados).
Três anos depois de Jasom ser nomeado Sumo-Sacerdote, um
indivíduo chamado Manaém, mas que assumiu o nome de Menelau e ofereceu 300
talentos a mais que Jasom e passou a substituí-lo.
Antíoco IV marchou contra o Egito, mas esbarrou no
poderio de Roma que não desejava o crescimento dos Selucidas. Depois de dois
anos no Egito se proliferou o cmentário de que ele teria morido em batalha e
isso levou Jasom a marchar contra Menelau depondo-o. Quando Epifânio reorna em
169 a.C. entende isso como traição e inicia um processo de intensa perseguição
aos judeus, segundo Costa (1992, p. 20), esse processo contou com a profanação do
altar do templo com o sacrifício de animais impuros como porcos transformando-o
na casa de Júpiter instituindo até mesmo a prostituição cultual nele, assim
como, proibiu a circuncisão, a guarda do sábado, a posse da Torah. Antíoco IV
passou a se apresentar como o próprio Zeus em pessoa. Nesse momento de grande
ofensiva tanto judeus ortodoxos, como liberais se uniram contra qualquer tipo
de sincretismo, conforme afirma Costa (1992, p.21).
A luta contra as loucuras de Epifânio fica mais intensas,
quando funcionários reais encarregados de fazer apostatar à força chegam na
aldeia de Modim e obrigam os sacerdotes a oferecer culto pagão. Todavia
Matatias, filho de Simeão, não só se recusou a oferecer culto idólatra
afirmando:
Ainda
mesmo que todas as nações que se acham no reino do rei o escutassem, de modo
que todos renegassem a fé de seus pais e aquiescessem às suas ordens, eu,
meus filhos e meus irmãos, perseveraremos na Aliança concluída por nossos
antepassados. Que Deus nos preserve de abandonar a lei e os mandamentos! Não
obedeceremos a essas ordens do rei e não nos desviaremos de nossa religião, nem
para a direita, nem para a esquerda. (1 Macabeus 2.19-22)
O velho Matatias morre sem ver a
libertação de seu povo, mas Judas apelidado Macabeu (martelo) continua a
revolta que ganho o nome de Revolta dos Macabeus que teve início em 167 a.C. e
prosseguiu até a morte de Antíoco Epifânio em 163 a.C. na Pérsia, a lutra
contra os seleucidas durou mais vinte anos. Contudo, após a morte de Antíoco
IV, os judeus recuperaram a liberdade religiosa, conquistaram a Palestina e
expulsaram tropas sírias (GUNDRY, 1981, p. 9,10). O altar profanado foi
derrubado e no seu lugar foi contruido um novo (1 Macabeus 4.44-46)
A renovação ocorreu no mesmo dia do
ano cento e quarenta e oito e da Olimpíada cento e cinqüenta e quatro, como o
profeta Daniel havia predito, quatrocentos e oito anos antes, dizendo clara e
distintamente que o Templo seria profanado pelos macedônios. (JOSEFO L 12, cap.
11, 476)
Judas Macabeu morto em
batalha em 160 a.C. é sucedido pelos seus dois irmãos: Simão e Jônatas,
iniciando a dinastia hasmoneana que durará de 142 a.C.-37 d.C. Jonatas passou a
reconstruir os muros, sendo sucedido em 143 a.C. pelo seu irmão, Simão, que solidifiou
o relacionamento com os romanos como seu irmão, Judas, havia iniciado antes de
morrer.
A Dinastia Hasmoneana foi marcada por
propósitos políticos que isolaram aqueles que tinham um comprometimento maior
com a religião e os costumes da lei. Dessa maneira, hasidins (que depois vão
ser chamados de fariseus) e essênios se distanciaram dessa política, sendo os
fariseus uma seita judaic marcada pela ortodoxia e os essênios vão se retirar
para o deserto em busca de fugir dessa corrupção latente. Os essênios “eram a
parte de um círculo mais amplo da religião judaica em que o apocalipsismo era
predominante” (GONZALEZ, 2004, p. 36)
Os saduceus, judeus conservadores,
combinam com a aristocracia diferenciavam-se dos fariseus no fato de serem
centrados na lei escrita, enquanto os fariseus e escribas admitiam lei oral.
Dessa maneira, os saduceus “negavam na
ressurreição, a vida futura, a complicada angeologia e domonologia do Judaísmo
mais recente e a doutrina da predestinação” (GONZALEZ, 2004, p. 34). Essa
realidade pode ser vista com clareza em Atos 23.6. Kistemaker (2006, p. 420),
comentando esse versículo de Atos, cita Marshall: “na igreja judaica cristã
primitiva alguém podia se tornar cristão e continuar fariseu, mas um saduceu
teria de mudar totalmente sua posição teológica”. Os zelotes continuaram
lutando contra as influências estrangeiras.
Simão é sucedido por seu filho João
Hircano que, em
128 a.C. concluiu o processo de conquista dos teritórios que circundavam a
Judéia (Galileia e Samaria),
inclusive a Idumeia (terra de Edom). Judas, filho de João Hircano sucedeu-lhe,
e assumiu o nome de Aristóbulo I e foi o primeiro a assumir o título de “rei
dos judeus” e foi sucedido pelo seu irmão Alexandre Janeu (104-78 a.C.), que
governou como um tirando oriental. Alexandre foi sucedido por sua mãe Alexandra
que governou em paz, mas em sua morte seus filhos passaram a disputar a coroa,
pois Aristóbulo II havia desapossado Hircano, seu irmão mais velho. Com essa
disputa Roma invade a Judeia em 63 a.C. liderada pelo general Pompeu que profana o templo entrando até mesmo no
santo dos santos.
Antípater, governador da Idumeia, apoiou
a causa de Hircano, tal como triunvirato Marco Antônio. Com a morte de Júlio
César Herodes, filho de Antípater passa a governar a Judéia com o apoio de
Roma.
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http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/museu/alexandre.htm.
Acessado no dia 12 de junho de 2014 às 7h.