Como cuidar das crianças?
“Jesus, porém, disse: ‘Deixai as crianças e não as impeçais
de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus”. (Mateus 19.14)
Nessas últimas semanas, os evangélicos estão preocupados
com as crianças. Essa apreensão se deu pelas pretensas expressões artísticas de
Porto Alegre e São Paulo. É inegável que a infância merece toda atenção da
igreja. Mas é necessário se perguntar: por que e como?
Talvez você acredite que essas perguntas sejam óbvias
demais e que a resposta é: “por que o futuro da igreja depende da infância”. Se
você pensa assim, acredite, está redondamente enganado. O futuro da igreja está
seguro em Cristo e nossa comunidade local precisa manter-se fiel à Palavra,
praticar os sacramentos com fidelidade e exercer a disciplina com
responsabilidade bíblica.
Então, caro leitor, esteja perguntando: “se as crianças não
funcionam como um fundo de reserva de membros, por que essa preocupação
extrema?”
Não fique irritado, tampouco com
vergonha de pensar assim. Infelizmente, vivemos dias maus em uma sociedade
marcada pelo pragmatismo, ou seja, a ideia de que o valor das coisas e pessoas
está embutido naquilo que as pessoas e coisas proporcionam. Como idosos e
crianças não conseguem, pela idade ou pela inexperiência, dar um o retorno que
essa sociedade corrupta deseja são facilmente desprezados e relegados aos
cuidados de outros. Como as crianças são incapazes de se assistirem, são
enviadas às creches, assim como, pelo mesmo motivo, os idosos aos asilos. Não
sou de maneira alguma contra o ensino infantil, muito menos a existência de
creches. Reconheço e utilizo seus serviços. Mas gostaria de alertar para o
perigo de uma educação em tempo integral, onde a criança sai dormindo de casa e
quando chega desmaia de tão cansada. Essa artimanha satânica atenta contra a
família muito mais do que esses últimas bizarrices de uma suposta “arte”.
Respondendo as perguntas: Por que deve se ter atenção
extrema às crianças? A resposta vem das Escrituras: “porque delas é o Reino dos
céus”. Se você reparar, os mesmos discípulos que repreenderam os pequeninos
para que não se achegassem a Jesus não tiveram a mesma atitude com o Jovem rico
(Mateus 19.16). A cultura judaica da época do Senhor, assim como a nossa, em
grande medida, rejeitava as crianças como pessoas em desenvolvimento e tentavam
atingi-las quando adentrassem a idade da razão.
Jesus nos alerta que a criança, em relação ao reino dos
céus e a evangelização, em nada se diferencia de nós. Algumas pessoas,
especialmente os inimigos do pedobatismo (batismo infantil), argumentam que
elas não entendem a mensagem do evangelho. Mas eu lhes perguntaria: “elas não
entendem ou nós nos eximimos de compreender a maneira adequada de lhes
transmitir essa mensagem?” Com certeza, o que está acontecendo é que
negligenciamos de variadas maneiras a evangelização infantil e, quase sempre,
acreditamos que, se ela for exercida, deve ser atividade das mulheres. O que isso
tem gerado: uma igreja entregue às mulheres, que inclusive cogita ordená-la ao
sagrado ministério, mas também, o abundar de meninos cada vez mais efeminados.
Impedir que as crianças cheguem a Jesus é maior atentados
contra a infância. Como isso é feito? Impedindo a todo custo que os pequeninos
estejam no seio da família para pais, avós e tios, pelo evangelho vivo da
pratica inculquem nos tenros brotos da igreja a Promessa da vida em todas as
oportunidades do dia a dia (Deuteronômio 6.1-7). A professora da creche não tem
essa incumbência que foi dada por Deus aos pais. Logo, está preocupado com as crianças?
Leve-as a Jesus!
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