A RESSURREIÇÃO DE CRISTO, O PRIVILÉGIO CRENTE!
Na igreja de Corinto, muitas pessoas possuíam
dúvidas ou negavam categoricamente a ressurreição do Senhor Jesus Cristo,
porque algumas pessoas dentre eles (1 Cor 15.12)não queriam retornar a um corpo
que os limitaria, pois sofriam a influencia da grega e precisamente o
gnosticismo, no qual a matéria e naturalmente perversa, enquanto o espírito é
bom, assim a pessoa para atingir a Deus, conhecimento supremo, deve ser livrar
do corpo e buscar apenas as práticas que valorizam a alma.
O corpo, para os gnósticos, era um castigo que visa
aperfeiçoar a alma. Essas teorias heréticas circulavam dentro de muitas igrejas
do primeiro século. Para muitas pessoas que ouviam a Palavra ressuscitar, ou
seja, voltar para o seu corpo, era sinal do completo fracasso de levar uma vida
longe das pessoas e ocupada apenas com as orações e o conhecimento de Deus.
Era ridículo para o
grego ouvir falar da ressurreição (At 17.32) e até mesmo caçoavam sobre esse
tema, porém se a cruz do senhor é loucura para os sábios homens da Grécia a
Palavra afirma: “destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a
inteligência dos inteligentes” (1Cor 1.17), pois o próprio Jesus afirma que Deus
ocultou o temor do juízo e a certa condenação dos pecadores dos sábios e
entendidos, para revela-las aos pequeninos (Mt 11.24,25).
Muitos olham para a
doutrina da ressurreição e, devido o seu caráter sobrenatural e a sua total
dependência de Deus, encaram os cristãos fieis como ingênuos ou ignorantes.
Jesus disse que nós somos pequeninos nepíois
(νηπίοις), pessoas que estão abaixo dos adultos em
conhecimento e experiência, contudo foi a esses que o Senhor se revelou,
enquanto Deus, conhecendo os pensamentos dos sábios, viu que eram vãos (1 Cor
3.20).
A Palavra afirma que o
princípio da sabedoria é o temor de Deus (Pv 1.7), pois todo o conhecimento
humano distante do temor é loucura, pois não glorifica o nome do Senhor, porém
o desonra (Rm 1.20-22), porque uma visão errada de Deus gera uma ética
deficiente e uma conduta reprovável.
Portanto, se alguém se
diz temente a Deus e não acredita na ressurreição de Jesus sua fé é nula e se
assim nós professássemos vã seria nossa pregação e, como afirma Paulo (1 Cor
15.14), somos falsas testemunhas.
A
ressurreição de Jesus não é um mero retorno à vida como Lázaro (Jo 11.43,44) ou
o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-15), pois tornaram a morrer, como aconteceu
com Lázaro (Jo 12.10,11), mas Jesus é “a primícias dos que dormem”, ou seja, a
ressurreição não será uma opção, mas as primícias (aparké) algo que acontecerá no princípio
da morte e se estenderá pela eternidade, pois se Cristo não ressuscitou a morte
não foi vencida e estamos perdidos em nossos pecados e se a fé noSenhor vale
apenas para as coisas terrenas somos as pessoas mais infelizes (1 Cor
15.14-19).
Todos
ressuscitarão, contudo os tementes a Deus para a vida eterna e outros para a
vergonha e o horror (Dn 12.2), pois quem crer em Jesus no seu interior fluirão
rios de água viva (Jo 7.38) mas aquele que não crer será condenado (Mc 16.16)
Se
a fé em Jesus é apenas para aliviar as lutas cotidianas, Pedro seria um tolo
afirmando que só Jesus tem palavras da vida eterna (Jo 6.68) e Jesus um
charlatão prometendo algo que não poderia dar (Jo 10.28). A vida eterna é um
dom gratuito de Deus em Jesus Cristo que pagou a dívida fatal de nosso pecado
(Rm 6.23).
Podemos
acaso lidar com nossas próprias forças contra o pecado? Mesmo se
reencarnássemos muitas vezes poderíamos viver uma única vez sem cometer um
pecado? Se viéssemos a esse mundo um bilhão de vezes e na ultima cometêssemos
um único pecado, pensando mal de alguém ou não nos doando inteiramente ao
projeto de Cristo, seríamos merecedores do inferno, porque não há vida plena
longe de Jesus (Jo 10.10).
Quando
confiamos na ressurreição de Cristo, sabemos que se Cristo, o cabeça da igreja
ressuscitou nós ressuscitaremos com Ele (Cl 1.18). Assim para aqueles que
dizem: “para tudo tem um jeito, menos para a morte”, podemos afirmar com
certeza: a solução para a morte é Cristo, pois ele a venceu na Cruz! Sem Jesus
comemos e bebemos certos de que amanhã morreremos e seremos desligados como uma
máquina ou viremos muitas vezes decaídos em um mundo decaído. Não há propósito
nisso, pois isso, desde o Antigo Testamento a ideia da ressurreição é viva e
consoladora, pois o próprio Isaías acreditava que o ressuscitaria com seu corpo
(Is 26.19) e Jó, nas mais difíceis provações, afirma: “eu sei que o meu
Redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25)
Quando
acreditamos no privilégio da ressurreição podemos andar em novidade de vida,
porque pelo nosso batismo morremos com o nosso salvador e com ele
ressuscitaremos (Rm 6.4; 1Cor 6.14), assim não estamos entregues às
circunstâncias, mas ao soberano poder de Deus. Se estávamos mortos em nossos
delitos e pecados e Cristo nos Deus a vida, não há morte para quem vive
eternamente no Senhor (Ef 2.1), pois não somos nós que devemos viver, mas
Cristo em nós e este viver deve ser fundamentado na certeza de que Jesus nos
amou de tl maneira que se entregou por nós na cruz (Gl 2.20) e aqueles que se
conformarem aos seus sofrimentos ressuscitarão (Fl 3.10).
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